Fernandão já vê o caminho, Hélio ainda não

Era o primeiro jogo de Hélio dos Anjos no comando do Figueirense, depois de ser degolado com campanha ridícula no Atlético-GO. Era o segundo jogo de Fernandão no Internacional, depois do "golpe de estado" que terminou com a demissão de Dorival Júnior. Dois trabalhos ainda no começo. E já em patamares muito diferentes.

Hélio dos Anjos começou a partida no 4-3-3, com Pittoni na armação, Caio e Júlio César próximos a Loco Abreu. O time não conseguia jogar pelos lados e o treinador mudou rapidamente a formação trocando Caio com Pittoni, mais aberto pela direita, e aproximando o esquema do 4-2-3-1. Desta forma, o Figueirense viveu seus melhores momentos na partida, com sobras ofensivas. Mas inexplicavelmente o treinador resolveu alterar mais uma vez durante o jogo a formação tática. Encaixou o meio-campo em losango do Internacional com Pittoni recuando pela direita e viu seu time se perder. Pittoni deu liberdade para Fred (o vértice esquerdo no losango do Inter) que estava perdido na marcação passar a jogar mais à frente. Caio não se encontrou como meia. Júlio César constantemente disputou o mesmo espaço que Loco Abreu. Que guerreava sozinho contra os zagueiros nas bolas longas, numa luta vã.

Enquanto o Figueirense se perdia no jogo, o Internacional se achava. No 4-3-1-2 que Fernandão aplicou em seu primeiro jogo e repetiu ontem, o time começou com dificuldades na marcação. Principalmente por conta de Fred, meia que atuou como terceiro volante. Perdido ele dava espaços na marcação e não conseguia jogar, só se encontrando depois que Pittoni recuou para marcá-lo e não o contrário.

Mesmo tendo menos a bola durante todo o confronto, o Inter foi melhor. Fez o gol com Dagoberto, acertou a trave, criou as melhores chances. Teve o adversário sobre controle do início ao fim. Superou os desfalques para conseguir três pontos importantes na caminhada do novo treinador. Com Juan, Guiñazu, Forlán e Damião o elenco colorado encorpa. O 4-3-1-2 pode ser mantido e tornar-se arma interessante com Forlán alternando com D'Alessandro como meia e atacante. Os dois funcionam bem na função e hoje, sem Oscar, o esquema parece mais apropriado do que o 4-2-3-1 que Dorival Júnior tanto insistiu.

Já o Figueirense, de 11 jogos sem vencer, ainda precisa encontrar seu caminho. O time que atacava de maneira desordenada mas agredia muito com Argel foi inofensivo na estreia de Hélio dos Anjos mesmo quando teve três atacantes. Encontrar o meio-termo é fundamental para tentar escapar do risco iminente de fazer companhia ao rival Avaí na Série B.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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