Ontem, assistindo às mesas-redondas e programas esportivos, depois de uma rodada repleta de clássicos pelo Brasil, o principal assunto não foi o futebol. Foi a violência. Infelizmente.
Porém, quando se proclama o fim das torcidas organizadas, esquecem que a violência cresce diariamente no Brasil.
Em Belo Horizonte, proibiram a venda de bebidas alcoólicas no Mineirão. No último jogo, proibiram a torcida do Cruzeiro de levar bandeiras para o estádio. Mas não impediram que dois torcedores tenham sido mortos nos dois últimos anos fora do estádio. Talvez, num futuro próximo, proibam a entrada do torcedor no estádio e se isentem de vez da responsabilidade. Mas não vão impedir, desta forma, que mais mortes aconteçam. Apenas vão levá-las para longe do "espetáculo".
Em São Paulo, o Ministério Público "reclama" da cota de 10% dos ingressos para o visitante. Acha muito. Querem apenas 5%. Por lá, também devem chegar a 0% rapidamente. Segundo o promotor, quanto menor o grupo, mais fácil controlá-lo. Então, para que vender ingresso?
Não percebem também, que transferindo responsabilidades, também favorecem um clima de tensão. Assim como nada justifica as incabíveis declarações de Emerson Leão, ainda no gramado do Mineirão, após o jogo de domingo, dizendo: "o torcedor do Atlético não vai aguentar isto...ele (juiz) precisa lembrar que mora em Belo Horizonte." Irresponsável. Assim como Alexandre Kalil, que invés de reclamar da falta de capacidade de seus jogadores que perderam pelo menos três gols de frente para Fábio, disse que há uma quadrilha na FMF e que já é conhecida há tempos. Mas não disse que foi ele quem defendeu a arbitragem mineira quando o Cruzeiro quis um juiz de outro estado para a partida.
E assim nós vamos. Transferindo responsabilidades. Fingindo que não vimos. Jogando para a torcida depois do leite derramado. E tentando "facilitar" as coisas. E faltam apenas 5 anos para a Copa do Mundo...
Porém, quando se proclama o fim das torcidas organizadas, esquecem que a violência cresce diariamente no Brasil.
Em Belo Horizonte, proibiram a venda de bebidas alcoólicas no Mineirão. No último jogo, proibiram a torcida do Cruzeiro de levar bandeiras para o estádio. Mas não impediram que dois torcedores tenham sido mortos nos dois últimos anos fora do estádio. Talvez, num futuro próximo, proibam a entrada do torcedor no estádio e se isentem de vez da responsabilidade. Mas não vão impedir, desta forma, que mais mortes aconteçam. Apenas vão levá-las para longe do "espetáculo".
Em São Paulo, o Ministério Público "reclama" da cota de 10% dos ingressos para o visitante. Acha muito. Querem apenas 5%. Por lá, também devem chegar a 0% rapidamente. Segundo o promotor, quanto menor o grupo, mais fácil controlá-lo. Então, para que vender ingresso?
Não percebem também, que transferindo responsabilidades, também favorecem um clima de tensão. Assim como nada justifica as incabíveis declarações de Emerson Leão, ainda no gramado do Mineirão, após o jogo de domingo, dizendo: "o torcedor do Atlético não vai aguentar isto...ele (juiz) precisa lembrar que mora em Belo Horizonte." Irresponsável. Assim como Alexandre Kalil, que invés de reclamar da falta de capacidade de seus jogadores que perderam pelo menos três gols de frente para Fábio, disse que há uma quadrilha na FMF e que já é conhecida há tempos. Mas não disse que foi ele quem defendeu a arbitragem mineira quando o Cruzeiro quis um juiz de outro estado para a partida.
E assim nós vamos. Transferindo responsabilidades. Fingindo que não vimos. Jogando para a torcida depois do leite derramado. E tentando "facilitar" as coisas. E faltam apenas 5 anos para a Copa do Mundo...
11 comentários:
Cara esta cada vez mais dificil de separar a pagina de esportes da pagina policial, daqui a pouco estara tudo misturado porque a violencia cada dia aumenta, e o pior é que não se faz nada pra acabar com ela, lamentavel, valeu.
Saudações do Gremista Fanático
Você vê só, pela declaração do Leão, uma declaração infeliz claro, mas você vê que a coisa já ta fora de controle, não adianta mais lutar para que se tenha segurança, já fizeram de tudo e no Morumbi domingo eles estavam seguindo uma das normas de segurança (deixar os torcedor visitantes dentro do estádio até que a outra torcida vá embora) aí esses tais torcedores tentaram forçar a saída, ou seja, não ficaram quietos esperando e ainda vem reclamar que a culpa é do São Paulo.... é brincadeira essa gente..... então tudo já foi pensado, tudo já foi feito e não tem como conter esses torcedores que querem brigar, querem destruir e tudo mais..... não tem como...... tem que ser 0% da torcida visitante em clássico e acabou, na Argentina já é assim..... é a única solução.
A maior ironia é que os cartolas financiam as organizadas.
As torcidas organizadas devem existir. Fazem parte do espetáculo e todos sabem disso. Mas existem aqueles que querem criar tumulto e as autoridades devem se fazer presentes para impedir.
No Rio, já há um início de organização, com algumas organizadas sendo escoltadas pela polícia até o estádio.
Existem brigas, mas bem menores. Isso de tranferir responsabilidade existe no Brasil desde Cabral e o povo não cobra de quem é de direito.
A vela política do tirar o ** da reta.
No Brasil é assim, todos vão transferindo suas responsabilidades até chegar no lado mais fraco. Os problemas sociais do país sempre caem nas costas da classe média. O governo passa a responsabilidade dele adiante, a classe alta faz de conta que não é com ela, a classe baixa, que é a grande prejudicada, não tem como fazer nada e sobra para a classe média tomar a iniciativa.
Daqui a um tempo esse promotor vai querer que os estádios sejam fechados para os torcedores, com acesso apenas dos jogadores, comissão técnica e imprensa. A torcida assiste o jogo pela tv, no conforto da casa. Se as coisas continuarem assim, a Copa de 2014 será vista inteiramente pela televisão.
A fonte verdadeira do problema não é o futebol, mas a mentalidade dos torcedores. Se não fosse por um time de futebol, eles arrumariam outro motivo para brigar.
Como você disse Vinicius, todo mundo transfere responsabilidades, e ninguém faz nada. Enquanto as autoridades permitirem a violência, nada vai mudar, só pode ficar pior, infelizmente.
A violência cresceu mesmo longe do estádio.. o problema é que nada é feito para conter isso! Os culpados quase nunca são punidos e sem punição eles voltam a fazer a mesma coisa.
Diminuir torcida? Talvez pode diminuir os problemas, mas não acabar com eles.. É necessário medidas mais enérgicas.
Daqui a pouco ninguém mais vai querer ir ao estádio, ai os times vão viver de que? PPV nem todo mundo pode pagar, então muitos vão ficar sem acompanhar os jogos de seus times.
É complicado, assim não tem como uma Copa do Mundo no Brasil.
Infelizmente a violência é nata do ser humano, independente do povo. Já assisti partidas na Europa (e não só os hooligans são encrenqueiros) em q o policiamento é absolutamente ostensivo. Creio q a estrutura dos nossos estádios deva ser melhorada (história velha, essa, mas...), focando a segurança do 'bom' torcedor. E nossa polícia melhor equipada e preparada emocionalmente para encarar essas quase guerras campais, ao invés de só mandar gás e soltar a borrachada.
Gostei do seu blog e textos, Vinicius. Quero fazer parceria contigo. Voltarei aqui mais vezes, posso linca-lo em meus três blogs olímpicos? Adoraria se vc pudesse fazer o mesmo aqui. Vamos trocar figurinhas.
Abração
Everton Domingues
www.beijingolimpica.blogspot.com
www.vancouverolimpica.blogspot.com
www.londresolmpica.blogspot.com
concordo em todos os aspectos!
Um dos grandes problemas está na relação de hostilidade, estabelecida entre policiais e torcedores. A questão central é, obviamente, o fato de que muitos não sabem torcer, de forma que acreditam na violência como forma de provar uma "superioridade" em relação ao outro. Contudo, no clássico de SP, por exemplo, ficou clara a má vontade da polícia e dos torcedores, uns para com os outros. Os adeptos não colaboram, não facilitam as operações, e os batalhões, por sua vez, reagem com violência imediata. É um verdadeiro e inexplicável caos.
Até mais!
Tudo o que você disse embasa a tese de que Copa do Mundo no Brasil é uma grande piada.
Se não é a violência, é a corrupção, que irá desviar milhões dos cofres públicos para que os estádios estejam prontos.
Os erros são sempre os mesmos.E a caravana segue.
Abraços
diletra.blogspot.com
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