Esta sim, uma doce derrota

Depois de muita polêmica durante a semana, sobre times que poderiam "entregar" a partida para os seus adversários, o Fluminense deu mais uma lição. Voltou a desafiar o impossível no Maracanã, bateu na trave mais uma vez contra a LDU, mas deixou orgulhosos os mais de 65 mil torcedores que vibraram e sofreram junto com um "time de guerreiros".

O que era difícil poderia ficar ainda pior se Carlos Amarilla tivesse expulsado Gum aos 20 segundos de jogo pela falta desnecessária que fez. Mas o árbitro pegou leve e o cartão amarelo ficou de ótimo tamanho. Melhor ainda ficaria quando Diguinho abriu o placar logo aos 14 minutos de jogo.

Só quando De La Cruz foi expulso, aos 17 minutos, em falta semelhante à Gum, a LDU entendeu o que estava acontecendo. Com a entrada de Larrea, os equatorianos finalmente conseguiram acertar a marcação de um surpreendente Flu, que entrou em campo com três homens no ataque e apenas um zagueiro.

Com um homem a mais, o jogo virou ataque contra defesa. O Fluminense tinha a bola e pegava todos os rebotes. Não tinha a quem marcar em seu campo de defesa. Mas faltava um jogador com toque rápido para achar espaços na defesa adversária. Conca é homem de condução de bola. Diguinho tentou fazer este papel, colocou a cara no jogo, mas erra passes demais.

O segundo gol, porém, saiu aos 42 minutos do segundo tempo, com Fred. Intervalo de jogo e o Flu já tinha cumprido metade da missão. Faltavam 45 minutos e dois gols. Para um Fluminense que tinha um homem a mais em campo.

A animação era tanta que o time nem desceu para o vestiário. Queria sentir o clima da torcida, que acabou esfriando com o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o jogo mudou pouco. O Fluminense não conseguia virar a bola com velocidade e tinha dificuldades para achar espaços. Acabava ficando apenas com cruzamentos da intermediária que facilitavam e muito a vida dos defensores. Mas o sonho que era possível tornou-se palpável aos 27 minutos, com o gol de Gum de cabeça. O predestinado zagueiro fazendo mais um gol fundamental para o time carioca.

O momento era de dar um verdadeiro sufoco nos equatorianos e partir para o abafa decisivo, mas o time que jogava no seu limite acabou perdendo um jogador fundamental. Fred, o mais experiente do grupo, foi o primeiro a perder a cabeça. Um lance bobo, de falta lateral, e o atacante do Fluminense, herói até então da recuperação, tornou-se vilão ao exceder-se na reclamação à Amarilla e ser expulso.

A ducha de água fria naquele momento mostrava que o título, tão próximo, não viria para o Fluminense. Mesmo com a expulsão de Campos, logo depois, já não havia mais forças para os cariocas marcarem o último gol que precisava. Deixou mais uma vez o título para a LDU, em pleno Maracanã.

Mas, dessa vez, o time saiu de cabeça erguida. Aplaudido. Reconhecido como guerreiro que vem sendo desde outubro. Mostrou-se mais do que preparado para a última e mais importante batalha. Domingo, em Curitiba, o time joga a vida na Série A do Brasileirão. Ali sim, uma derrota significará a perda da guerra.

Com os nervos no limite, com o coração na ponta da chuteira, com a pressão excessiva por resultados, o inesquecível time de guerreiros do Fluminense está preparado para o ato final em 2009. Um roteiro de dar inveja em Holywood.

3 comentários:

Net Esportes disse...

acho que pra segunda divisão já não tem como ir, mas a verdade é que perdeu o título, por mais que tem tido toda essa reação, portanto se não evitar a série B no fim das contas vai ter tido só prejuízos ..... por mais que tenha tido a grande reação no Brasileirão ........

Gremista Fanático disse...

O Fluminense fez de tudo, e quase conseguiu o objetivo, acho que se Fred não tivesse sido expulso a chance seria maior de fazer o quarto gol, era um momento do jogo onde só o Flu jogava e depois da expulsão parece que deu um certo desanimo geral no time, mas mesmo assim o Flu esta de parabens. abraço.

Saudações do Gremista Fanático

Jefferson freire disse...

Vinicius, eu particulamente gostei da vitória do fluminense, principalmente porque venceu mas não levou.

Rivalidade sempre!!! rs

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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