O último que sair apaga a luz

Curioso é o momento em que tudo está acontecendo no São Paulo. Depois de anos investindo em jogadores de renome em fim de contrato, a diretoria planejava para as próximas duas temporadas, o lançamento de "garotos de ouro" vindos da base. As jóias que vinham sendo bem tratadas e preparadas há pelo menos três anos, finalmente ganhariam espaço no time.

Ricardo Gomes não gostou muito da idéia. Tanto é que fez a diretoria agir forte no mercado e contratar jogadores badalados mais uma vez. André Luís, Léo Lima, Fernandinho, Marcelinho Paraíba. Todos chegam ao São Paulo para jogar. Com tantas contratações, o máximo que os garotos conseguiriam seria fazer algumas partidas pelo Campeonato Paulista.

Parece não ter sido suficiente.

O primeiro foi Oscar. O meia, sempre tratado como uma das principais revelações do São Paulo, entrou na justiça contra o clube. Boatos davam conta de que a jogada havia sido orquestrada pelo rival Corinthians, que tinha interesse no jogador. O caso segue na justiça, e ainda não se sabe qual fim terá.

Depois veio Diogo. Lateral esquerdo da seleção brasileira sub-20. Para muitos, jogador com bola para já ser titular do tricolor paulista. Ele não quis saber. Tratou logo de pedir seu passe na justiça também.

Ontem, mais uma bomba. A terceira, em menos de um mês. Lucas Piazon, de apenas 15 anos. Contratou o mesmo advogado de Oscar e pretende também ser dono de seu passe. O garoto, frequente nas seleções de base, já teve sondagens do futebol do exterior.

Certamente, não são casos isolados. Os três, tem mais do que um advogado em comum. Provavelmente, a decisão final sobre o caso deve demorar, e pode travar a carreira dos jogadores. Certo é que o São Paulo precisa rever a estrutura de sua base. Hoje, são pelo menos 100 garotos no clube. E algo de podre está acontecendo por lá. Resta tomar conhecimento do que é.

Dirigentes do São Paulo estão desesperados. Querem saber o que se passa na base do clube. E com razão. Um clube que investe tanto na formação de novos valores não pode ficar de mãos abanando na hora que o "produto" pode dar algum tipo de retorno. Se for assim, o futebol brasileiro estará acabado.

2 comentários:

Anselmo disse...

acho cedo pra apontar a ruína do são paulo. mas que, como torcedor rival, é um momento para aproveitar, disso eu não tenho dúvidas.
e no dia em que Marcelinho Paraíba é jogador consagrado, fica claro que o mercado de jogadores brasileiros está em uma fase complicada.

Gremista Fanático disse...

Essa situação é provocada unica e exclusivamente por esses empresários que só pensam em dinheiro, esquecem que sem um clube por tras de um atleta não ha talento que de jeito, mas enquanto não criarem algo para que clubes e jogadores não saiam prejudicados isso pode acontecer e muito ainda, abraço.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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