Jogo dos opostos

Argentina e Nigéria fizeram um jogo completamente diferente das previsões antes da partida.

Para quem imaginava os hermanos confusos taticamente e brilhante individualmente, o que se viu em campo foi bem diferente. Maradona foi esperto ao montar a equipe no 4-2-3-1, muito semelhante ao esquema que fez sucesso no Barcelona. Porém, as principais peças da equipe não funcionaram.

A exceção foi Lionel Messi. Para quem dizia que o melhor jogador do mundo não repetia na seleção o bom desempenho do Barcelona, o jogador deu uma prova completa do contrário. Chamou a responsabilidade, enfrentou os zagueiros e só não marcou graças à atuação brilhante de Enyema. Diga-se de passagem, vale constar que a liberdade e a boa atuação do jogador deve-se (e muito) ao esquema montado por Maradona.

Quem também surpreendeu foi a Nigéria. Mesmo não sendo brilhante tecnicamente e tendo muitos problemas ofensivos (curiosamente, a Copa do Mundo na África tem apresentado os africanos bem defensiva e taticamente e mal na parte ofensiva), encarou a Argentina, jogou de igual para igual e poderia ter vencido.

O jogo começou frenético. Em menos de 10 minutos, a Nigéria já tinha chegado com perigo uma vez. E a Argentina, pelo menos quatro, duas delas com Messi. Em uma, Heinze abriu o placar, de cabeça. O início de jogo com a Argentina marcando no campo de ataque e chegando com perigo a todo instante deu a falsa impressão de uma partida eletrizante. O que, claro, não aconteceu. Aliás, o ritmo muito forte nos 20 minutos iniciais, fez com que as equipes abrissem o bico na reta final.

Com 1 a 0, a Argentina criou chances e teve oportunidade para matar a partida. Mas deixou muitos espaços na defesa. As costas de Jonas Gutierrez era um convite aos contra-golpes em velocidade. Faltou, porém, tranquilidade para a Nigéria definir as jogadas colocando os atacantes em melhor condição.

No fim, o resultado foi justo. A Argentina foi melhor. Mas provou que uma andorinha só pode fazer melhor. Se Gutierrez deixava muitos espaços na defesa, Demichellis se posicionava mal, Verón errava passes como nunca antes, Dí Maria não entrou em campo e Higuaín esteve irreconhecível (fazendo inclusive que muita gente se revoltasse com a presença de Diego Milito no banco); Messi fez uma partida impecável que deixou a falsa impressão de um bom jogo p0r parte dos argentinos.

A Nigéria vai brigar (e muito) pelo segundo lugar do grupo. E a Argentina, quando os seus principais jogadores jogarem o que sabe, mostrou que tem taticamente um time pronto para brilhar.

4 comentários:

Campo de Jogo disse...

Não concordo muito em relação à tática montada por Maradona.
Achei que os jogadores estavam perdidos, por isso não foram bem. Tevez não sabia se abria na direita ou se vinha no meio ajudar a abrir a defesa para Messi. O mesmo aconteceu com Di Maria, só que do lado esquerdo.
Verón foi sacrificado tendo que ajudar na marcação do lado direito, já que Gutierrez era uma avenida incrível.
Se a Nigéria tivesse um mínimo de qualidade ofensiva poderia ter vencido ou pelo menos empatado.
O que ninguém pode discordar é que Messi fez a melhor atuação individual da Copa até agora!!
Abraçoo

Net Esportes disse...

A Nigéria vai ter que brigar muito com a Coréia do Sul por essa segunda vaga, se bobear a Coréia ainda pega a segunda vaga surpreendendo a Argentina, pois quase que a Nigéria já conseguiu isso ....

Felipe Moraes disse...

A Argentina precisa urgentemente arrumar o lado direito da sua defesa. Aliás, toda a defesa!

Abraço,

Felipe Moraes

André Augusto disse...

Defesa Argentina continua uma mãe! Mas Messi deu o tom nessa partida. Veremos do que ele é capaz

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter