O Sindicato dos Jogadores resolveu meter a colher. E ordenou (isto mesmo) que o Corinthians voltasse a colocar o goleiro Felipe para treinar junto com o elenco principal.
Antes de entrar no mérito da discussão, vamos lembrar da história. Durante a Copa do Mundo, Felipe iludiu-se com uma possível proposta do Genoa, da Itália. Colocou o carro na frente dos bois e chegou a se despedir dos companheiros de clube. Os italianos desistiram do negócio e o goleiro ficou sem ambiente no Corinthians. A diretoria, inclusive, já havia contratado outro goleiro, o apenas regular Bobadilla.
Desde então, revoltados, Mano Menezes e Andrés Sanchez afirmaram que Felipe não jogaria mais pelo Corinthians. E treinaria na academia, separado do grupo, até que aparecesse alguma proposta.
Ontem, depois de seus empresários tentarem (em vão, claro) a recisão contratual com o Corinthians, o goleiro resolveu procurar o Sindicato dos Atletas, em São Paulo, que "ordenou" ao clube a reintegração do jogador.
De fato, é desnecessária a exposição humilhante que o goleiro vem passando. O Corinthians não precisa colocá-lo para jogar. Mas pode deixá-lo treinar com os preparadores de goleiros, pelo menos.
O melhor a ser feito agora é negociá-lo o mais rápido possível. A decepção é geral. Felipe achava que poderia ir para um grande clube europeu, e deve acabar indo para um clube de terceiro ou quarto escalão para poder jogar. O Corinthians achou que faria dinheiro com ele, mas acabará aceitando a primeira proposta que aparecer.
O fim ruim para os dois de um casamento repleto de ilusão. Ambos achavam que Felipe é bem melhor do que na verdade é. Um bom goleiro e nada mais. Sua saída conturbada pode fazer com que os dois evoluam e sigam em frente.
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