Equilíbrio total

Falar que o Campeonato Brasileiro é o mais acirrado do planeta parece clichê. Mas basta observar a competição para dizer que faz muito sentido. Antes de começar a competição, são muitos candidatos ao título. Durante, a disputa é sempre intensa. O exemplo é que nesta rodada foram 5 empates em 10 jogos. E apenas uma partida foi vencida por mais de um gol de diferença (Santos 2 a 0 no lanterna Goiás).

O empate mais importante foi ontem no Maracanã. Fluminense e São Paulo fizeram um excelente jogo. Apesar de ter saído na frente logo no início, a escalação de Muricy com Belletti na vaga de Émerson não funcionou. O São Paulo pressionou até conseguir a virada em dois minutos. Na etapa final, o Fluminense se acertou, pressionou, empatou o jogo e poderia ter virado (perdeu inclusive um penalti mal marcado pelo juiz, com Washington).

O Flu lidera pois tem um baita time. Além disso, tem um bom elenco, alternativas de sobra e um técnico trabalhador. É o time do momento e tem uma vantagem ainda confortável (três pontos para o segundo, dez para o terceiro). Tropeços são naturais, mas a regularidade do time impressiona.

Regularidade que também é apresentada pelo Atlético-MG. Só que jeito oposto: negativamente. Ontem o time perdeu mais uma vez (2 a 1 de virada para o Palmeiras, em Ipatinga). São 11 derrotas em 17 jogos. Ninguém perdeu tanto quanto o Galo no Brasileirão. Mesmo enfrentando um adversário que tinha apenas dois homens na frente (Valdívia e Kléber), os mineiros não conseguiram pressionar. O time seguiu desorganizado e principalmente, errando passes demais.

No segundo tempo, ganhou velocidade com a entrada de Serginho. Que deu um passe fantástico para Neto Berola abrir o placar e perdeu a chance de matar o jogo cara a cara com Marcos pouco depois. Aos poucos, passaram a dar espaços e o Palmeiras voltou a crescer. Empatou em mais um erro de Fábio Costa e virou pouco depois com o algoz Kléber. Dali em diante, via-se um time sem vontade e sem força para reverter mais este resultado.

O Brasileirão é o campeonato do equilíbrio, onde todos estão na corda bamba. E quem vacila um pouquinho, despenca na tabela e passa a ter motivos de sobra para se arrepender. Só não pode ser tarde demais.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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