O mais marcante no duelo entre Ceará e Vasco, no Castelão, foi a cena no fim do jogo. A torcida vascaína gritava o nome do técnico como se ele tivesse acabado de marcar os dois gols da vitória de seu time, que subiu para a sétima posição. Não demorou, e a torcida do Ceará também passou a gritar o nome do técnico. Um misto de agradecimento e saudade. Mesmo depois de acabar com uma invencibilidade dos cearenses no Castelão que ele mesmo ajudou a construir.
PC Gusmão é o único participante do Campeonato Brasileiro que ainda não perdeu. Todos os times já foram derrotados. Todos os jogadores titulares de seus times já perderam. Todos os técnicos também. O técnico do Vasco, porém, tem 18 jogos, 10 vitórias e 8 empates. Alguns deles comandando o Ceará, vice-líder sob seu comando.Quando PC deixou o Ceará, já era sabido que a tendência da equipe era cair. O que aconteceu, de forma normal para mim, de forma brusca para outros que se iludiram com o início da equipe. Desde o retorno da Copa, com os dois técnicos que passaram por lá (Estevam Soares e agora Mário Sérgio) o time não se acertou. Já é o 11º e se aproxima da zona do rebaixamento. De fato, tem muito a agradecer a PC pela gordura extra. Mas a tendência, é brigar embaixo.
No Vasco, PC encontrou condições de brigar por algo mais. Não o título, já distante. Mas uma vaga na Libertadores é possível pelo que vem jogando o cruzmaltino. Sem tanto brilho (apesar de um quarteto ofensivo de respeito), mas com muito suor e organização tática. Um time que leva poucos gols. Mas que sabe como fazê-los.
Contra o Ceará, o time teve o desfalque de jogadores importantes. E de fato, vai ser difícil ter o time completo. Mesmo assim, conseguiu encaixar bons contra-ataques no primeiro tempo, quase sempre com Carlos Alberto. Fez o primeiro gol e contou com mais uma boa atuação de Fernando Prass para se manter. No segundo tempo, esfriou o adversário com muita pegada e aproveitou uma das poucas chances que teve para matar o jogo com Felipe Bastos, que entrou bem.
PC Gusmão está invicto. Não ficará para sempre. Mas já se mostrou capaz de levar o Vasco adiante. Quem sabe, à Libertadores da América.



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