SP 2 x 3 MG, ou vice-versa

O fim-de-semana foi marcado por dois duelos interessantes entre paulistas e mineiros para o Brasileirão. Ambos, cheios de coincidências. Nos dois, os visitantes acabaram levando a melhor. O placar foi igual nas duas partidas: 2 x 3. E os dois acabaram com viradas. Mas no fim, Minas e São Paulo terminaram no 5 a 5.

O desafio começou no Pacaembu, com Palmeiras e Cruzeiro. Mais uma vez Felipão apostou num esquema cheio de volantes. Os donos da casa vieram no 4-4-2 (e se engana quem pensa que o time está jogando com três zagueiros, já que Fabrício é lateral esquerdo em São Paulo), mas com quatro volantes no meio voltou a ter dificuldades para fazer a bola chegar a Valdívia e Kléber. O Cruzeiro, com três zagueiros, teve dificuldades pois seus laterais não faziam boa partida e Montillo, bem marcado não apareceu.

Novamente o Palmeiras tinha a bola e não sabia o que fazer. E o Cruzeiro não conseguia encaixar seus contra-ataques sem o toque de Montillo. Os dois gols da etapa inicial saíram em lances quase ocasionais: um penalti bobo de Wellington Paulista que resultou em gol de Kléber e outro de Maurício Ramos após cobrança de escanteio.

Na etapa final, Cuca mudou o Cruzeiro, já que não havia outra alternativa. A entrada de Roger e Farías deu mobilidade e agressividade ao Cruzeiro. A marcação palmeirense demorou a encaixar, principalmente porque o meia estava em tarde inspirada. Contou com a sorte para diminuir de fora da área. Deu lindo passe para Montillo, com mais espaços, empatar o jogo. E no fim, quando o Palmeiras começava a dar sinais de melhora com as mexidas de Felipão, participou da jogada que terminou com gol do estreante argentino.

A virada mostra que o Cruzeiro pode mais. O time se movimentou muito bem no mercado e fortaleceu bastante seu elenco. Cuca tem opções de sobra. E ganhou Montillo, um jogador capaz de decidir uma partida como há poucos no país. Já o Palmeiras, aos poucos melhora e se acerta. Mas é isto aí: um time muito mais de transpiração do que inspiração.

Na outra partida, Atlético-MG e São Paulo não fizeram um jogo bom tecnicamente, mas fizeram uma ótima partida para se assistir, bastante movimentada. O tricolor parecia mais postado taticamente no 4-4-2, mas deixava muitos espaços no lado direito da defesa, que o Galo aproveitava com a velocidade de Eron e Neto Berola.

Quem saiu na frente foram os paulistas, com Casemiro após escanteio e falha (mais uma) de Fábio Costa. Diferentemente das outras partidas, o Atlético-MG não se perdeu com o gol sofrido e manteve a calma. Tentava pressionar apesar da dificuldade no último passe. E acabou achando a virada em dois penaltis convertidos por Obina (quatro gols de penalti nos últimos dois jogos). O resultado, no intervalo, parecia justo pelo que as equipes apresentaram.

Com Cléber Santana, o São Paulo voltou dominando o meio-campo no segundo temp. Mais uma vez o time de Luxemburgo e Antônio Melo se apresentou muito mal fisicamente e pregou. O tricolor aproveitou para virar, primeiro com Marcelinho depois com Fernandão. No fim, a pressão na base do abafa dos mineiros não surtiu efeito algum.

O São Paulo vai melhorando aos poucos com Sérgio Baresi. O sucesso passa pela reformulação, comandada pelos cheios de futuro Casemiro e Marcelinho (cada dia melhor). A chegada de Ilsinho vai dar uma opção importante, principalmente para colocar Jean onde ele é diferenciado. E o time tende a encorpar, apesar de parecer distante para brigar por alguma coisa.

Quanto ao Atlético-MG, faltam desculpas. Já não há o que dizer para um time que completa 10 rodadas na zona do rebaixamento e não dá a mínima convicção que sairá dela. A distância cresce e o tempo diminui. E as rodadas passam mas o time continua sem padrão tático, perdido mentalmente e repleto de jogadores fora de forma. O primeiro turno já passou. A dúvida é quando o time tomará uma atitude.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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