Confesso que até hoje não entendi os motivos do Vitória para demitir Ricardo Silva depois do excelente trabalho na Copa do Brasil. A explicação de que ele era interino e que havia sido combinado que sairia após a competição não cola. Se ele foi bem, mantê-lo seria justo e mais do que isso: quebrar a palavra neste aspecto não seria negativo.

Negativo é tirar o treinador de um clube que disputa o mesmo campeonato e fazia um bom trabalho. Toninho Cecílio foi surpreendentemente bem no Grêmio Prudente. Com ele, o time traria bem mais dificuldades ao Atlético-MG na Sul-Americana, talvez ficando com a classificação. E provavelmente, teria somado mais do que os 16 pontos que deixam o time na vice-lanterna do Brasileirão. E aí vai o Vitória, leva Toninho Cecílio e nove jogos depois, rompe o combinado demitindo o treinador.
Tudo isto aconteceu hoje, após o empate por 1 a 1 com o Palmeiras. Não vi o jogo, por isso a análise fica rasa. Pelo que vi, li e conversei, foi mais uma partida ruim de ambos os times. Um jogo chato, cheio de erros e de poucas chances de gol. Dois times que não emplacam.
O Vitória fala em Toninho Cerezo. Ao meu ver, a melhor maneira de corrigir o erro era trazer de volta quem deu certo. O time fez boa Copa do Brasil, trouxe alguns reforços interessantes e tem time para fazer um papel melhor no Brasileirão.
Quanto ao Palmeiras: Felipão segue reclamando. Apesar de já ter caído na real quanto ao nível do time (fazendo-o jogar dentro de suas limitações) ele ainda quer um "algo mais". Cobra raça, atitude, entrega. No meu ponto de vista, falta talento. Mas é fato: assim como os baianos, o Palmeiras pode fazer bem mais.
PS: Também caiu Mário Sérgio no Ceará. Queda esperada e previsível. Falta ao Ceará reconheceu que fez um início muito acima da expectativa e não que faz uma sequência abaixo do esperado. A briga é contra o rebaixamento. E é bom perceber isto antes de chegar ao quinto ou sexto treinador.



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