A arbitragem, de novo...

Em Minas Gerais, virou costume. A rodada termina e a arbitragem é tema central de todas as discussões sobre o Estadual. Por ser o Campeonato que acompanho mais de perto, talvez note os erros por aqui mais do que nos outros. Mas é impressionante o quanto é fraca e erra a arbitragem mineira.

Os erros começaram no sábado. O Cruzeiro resolveu entrar com todos os titulares contra o América de Teófilo Otoni. Decisão acertada de Cuca, que tem tempo para recuperar o time para o importante confronto contra o Tolima, que pode deixar a vaga na próxima fase da Libertadores muito bem encaminhada.

Mesmo com seus melhores jogadores em campo, o Cruzeiro teve enorme dificuldades. Muito por causa do calor e do campo ruim, muito por causa da boa organização defensiva do América, atuando no 3-5-2. Mas depois de martelar com ataques pouco efetivos, o Cruzeiro abriu o placar com o iluminado Wallyson (quarto jogo seguido marcando) no fim do primeiro tempo.

Na etapa final, o América trocou um zagueiro por um atacante e abriu o jogo que melhorou. Não demorou e Obina empatou após vacilo da defesa celeste. Os donos da casa tendiam a crescer no jogo, mas o árbitro Émerson de Almeida Ferreira resolveu aparecer. Expulsou de forma exagerada Wellington Bruno, que não tinha cartão amarelo, por falta em Montillo. Cuca tentou deixar o Cruzeiro mais ofensivo, mas faltava qualidade na criação do meio-campo. E o time só não foi surpreendido pois a arbitragem errou novamente ao anular gol legal de Obina. Nos instantes finais do jogo, Rodrigo Sena marcou contra e deu a vitória à Raposa.

Para não dizer que o time da capital foi favorecido, houve também penalti claríssimo em Wellington Paulista, ainda no primeiro tempo, ignorado pelo juiz.

No domingo, a farra dos erros continuou. Atlético e América fizeram um clássico de tempos opostos em Sete Lagoas.

A etapa inicial foi marcada por um caminhão de gols perdidos. Os dois times erravam demais na parte defensiva e deixavam muitos espaços. Galo e Coelho criaram bastante, mas não conseguiram converter em gols. Não havia meio-campo. Era literalmente um jogo de ataque contra defesa. Neto Berola marcou para o Atlético aos 13. Fábio Júnior empatou aos 20. Resultado justo no primeiro tempo, mas poderia ter sido 2 a 2, ou 3 a 3.

No segundo tempo, o jogo perdeu o ritmo. Jackson entrou para fechar o meio-campo no Galo e marcar o lado esquerdo do América. Funcionou. Mas a mexida fez o América parar de jogar e o Atlético também.

O panorama só mudou quando Joel Tolentino Damata inventou penalti do goleiro Flávio em Serginho. O quinto a favor do Atlético em cinco jogos no Campeonato Mineiro. Todos, no mínimo, discutíveis. Por sorte do juiz, do América e do jogo, Tardelli desperdiçou a cobrança.

O jogo seguiu morno. Dorival colocou novos atacantes em seu time mas sem Ricardinho, não tinha quem fizesse a bola chegar até eles. O América parecia cansado e sentia a falta de uma opção de velocidade para puxar os contra-ataques. Quando o empate parecia o resultado mais provável, Fábio Júnior acertou belo chute de fora da área e definiu o confronto a favor do Coelho.

Atlético, América e Cruzeiro vão chegar às semifinais. A primeira fase do Campeonato Mineiro só serve pare definir a posição dos times e quem será o "intruso" do interior. E também para perceber o quão fraca é a arbitragem do estado. Que certamente, vai reclamar quando vier um juiz de fora para apitar os jogos mais importantes...

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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