A dura herança de uma era de glórias

Ninguém conquistou tanto quanto o Boca Júniors nos últimos 20 anos. O multicampeão argentino venceu tudo o que tinha direito: campeonatos nacionais, Libertadores, Sul-Americana, Mundial. Nas últimas duas temporadas, porém, o time caiu. Muito. Os títulos ficaram longe. E depois de longo tempo, o time ficou fora da competição mais importante do continente.

Para 2011, o Boca se mexeu. Contratou Júlio César Falcioni para o comando técnico. Reforçou o time com Somoza, Rivero e principalmente o promissor Erviti, destaque do Banfield na última temporada. O início foi animador, sem nenhuma derrota nos "Jogos de Verão", na pré-temporada.

A goleada para o Godoy Cruz, em casa na estreia, por 4 a 1 deixou o temor de mais uma temporada problemática. Na segunda rodada, porém, veio a recuperação: 1 a 0 sobre o Racing, em pleno Cilindro, lotado.

Apesar dos três pontos, porém, o desempenho foi abaixo da crítica. Tanto é que o único gol do jogo saiu em chutão de García (jovem goleiro vindo das categorias de base, que falhou feio na primeira partida mas se recuperou diante da Academia) para Mouché ficar de frente para o goleiro. Aliás, o atacante foi a única alternativa perigosa do time, sempre pelo lado direito. Sem Erviti e sem Riquelme (eternamente lesionado), o meio-campo com três volantes raramente conseguiu produzir boas trocas de passe ofensivas.

Depois de sofrer pela falta de renovação e pela aposta seguida em jogadores veteranos que já haviam conquistado muito pelo clube mas que não conseguiam render mais (processo semelhante ao que passa o Milan nos últimos anos), o Boca parece disposto a se reerguer. Do elenco atual, "apenas" Clemente Rodríguez, Riquelme e Palermo estavam na campanha do último grande título (a Libertadores de 2007). O caminho é este: aposta na base e na contratação de jovens promissores.

O sucesso não virá da noite para o dia. Mas com sangue novo, a camisa do Boca deverá levar o time a novas conquistas em breve.

Um comentário:

André Augusto disse...

Boca investe pouco, tem muitos jogadores envelhecidos (Riquelme, por exemplo) e vem contratando enxurradas de treinadores. Não há quem resista. River se envereda pelo mesmo caminho.

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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