Místico e imortal

Com a estreia de Ronaldinho e o drama do Corinthians no mesmo horário, confesso que não vi mais do que lapsos ou lances isolados do jogo no Olímpico. Por isso, não haverá profunda análise tática do que aconteceu na vitória por 3 a 1 que classificou o Grêmio à fase de grupos de mais uma Libertadores da América. Independente disto, algumas coisas devem ser ditas sobre o time gaúcho.

O time precisa de reforços. Fábio Santos, por incrível que pareça, faz falta pelo lado esquerdo. Douglas precisa de alternativas e de jogadores que pressionem sua condição de titular absoluto. André Lima precisa de um companheiro à altura. E a perda de Jonas precisa ser reposta independente da boa fase vivida por seu outro atacante.

Por isso, as dificuldades do Grêmio foram mais uma vez aparente, apesar do placar mentiroso. Inseguro na defesa mais uma vez, o time saiu atrás e só não sofreu mais porque contou com a sorte (e competência) de empatar o jogo logo em seguida, com André Lima.

Aliás, o atacante é um capítulo a parte no momento do tricolor. Marcou 12 gols nos últimos 18 jogos. Média ótima e de quem vive ótimo momento. E que parece nunca deixar de lado a fama de ir constantemente do céu ao inferno. Antes de marcar o gol do empate ontem, perdeu um gol incrível, sem goleiro, dentro da pequena área. Típico.

O gol perdido pelo atacante gerou inclusive piada de Renato Gaúcho na coletiva após o jogo. Tampando o rosto com a camisa, o técnico disse que faria aquele até assim. E provavelmente faria. Renato Gaúcho, outro personagem fundamental na vida gremista. Tem história no clube, tem o carinho da torcida e tem feito trabalho de tirar o chapéu. Recuperou o time no ano passado e parece convicto o suficiente para manter o bom trabalho em 2011. E é impressionante como acerta.

Foi dele a aposta em Vinicius Pacheco. Quem mais apostaria um real no meia ex-Flamengo? Provavelmente ninguém. E foram dele, que entrou em campo ainda no primeiro tempo, os dois gols que sacramentaram a vitória e a classificação do Grêmio.

Por obra do acaso, Pacheco veste a camisa 7 na Libertadores. Camisa que carrega uma mística graças a Renato Gaúcho. O hoje técnico, que apostou certeiramente no jogador.

Com estes personagens e necessidade de reforços, o Imortal lutará forte como sempre, em mais uma Libertadores.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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