Galo marca dentro e fora de campo, mas sofre na defesa

O gol contra de Uchoa, aos 48 minutos do segundo tempo, recolocou o Atlético no caminho das vitórias no Campeonato Mineiro após dois jogos sem vencer. Importante, mas pouco para um dos times que mais investiu na temporada e que prometia brigar por títulos em 2011.

Contra o organizado Villa Nova, Dorival Júnior fez seis mudanças no time. Mostrou que não está satisfeito e mais do que isto, que ainda está longe de encontrar o time ideal. Na defesa, Jackson e Eron entraram nas laterais (e assim como os antigos titulares, foram muito mal). Leonardo Silva ganhou a posição do sempre criticado Werley na zaga, mas não conseguiu melhorar o desempenho defensivo. No meio-campo, Toró deu mais qualidade no passe, mas não teve o mesmo poder de marcação de Zé Luís. Wesley jogou no lugar do regular e suspenso Ricardinho, mas bem marcado não conseguiu aparecer no jogo. E Jóbson foi titular no ataque, com muita velocidade mas pouco efetivo.

As mudanças foram feitas e não surtiram efeito. O gol do Villa logo aos 10 minutos (em tiro de meta batido pelo goleiro e falha grotesca de marcação da defesa atleticana) piorou a situação. O Galo tinha a bola, mas nervoso não conseguia ameaçar o gol adversário. Tocava a bola no campo ofensivo até um erro de passe deixar o time exposto ao contra-ataque. Em um deles, Marinho perdeu chance clara de marcar o segundo.

Na etapa final, Dorival abriu o time com Neto Berola e três atacantes. Mas só conseguiu ser efetivo após a entrada de Mancini, que voltava para dar qualidade ao jogo no meio-campo na mesma medida em que aparecia bem nos dois lados do ataque. A virada passou também pelo recuo excessivo do Villa, muito por não ter mais pernas para contra-atacar o dono da casa. Criticado, Ricardo Bueno marcou o gol do empate de cabeça. E já nos acréscimos, Uchoa levou azar no lance em que marcou contra, após boa jogada de Magno Alves pelo lado esquerdo.

No geral, os times de Dorival Júnior sempre foram assim: levam muitos gols, marcam muitos gols. Graças ao DNA ofensivo, o time tem o melhor ataque do Campeonato Mineiro, em média (19 gols em 7 jogos, média de 2,7). O poder ofensivo, vai melhorar graças à ótima contratação de Guilherme, mais um ex-jogador do Cruzeiro que "troca de lado". Guilherme é jovem, técnico, inteligente e tem ótimo poder de decisão. Foi lançado no Cruzeiro por Dorival, que o conhece como poucos. Ao meu ver, é upgrade em relação a Diego Tardelli (apesar de características absolutamente diferentes), se conseguir se adaptar e jogar o que sabe.

O grande problema do Galo, porém, está na defesa. Renan Ribeiro já recebe algumas críticas. Os laterais não conseguem se firmar. E mesmo com os ótimos Réver e Leonardo Silva, a zaga não consegue passar segurança (muito pelo fato de o meio-campo desarmar muito pouco). O segundo colocado do Mineiro, tem apenas a sexta melhor defesa. Sofreu gols em todos os jogos na competição (12 ao todo). Desempenho preocupante, principalmente se levarmos em conta o nível dos adversários. Para quem sonha com vôos mais altos, o Atlético parece estar se preocupando com o setor errado.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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