Galo quase, Cruzeiro lá

As primeiras partidas das semifinais do Campeonato Mineiro deixaram muito encaminhados os confrontos. Cruzeiro e Atlético-MG ampliaram a vantagem que já tinham sobre os Américas (do interior e da capital, respectivamente) e devem voltar a decidir o Estadual em 2011.

No sábado, o Cruzeiro não teve dificuldades. Goleou o América de Teófilo Otoni por 8 a 1, fora de casa, e nem com um milagre ficará fora da decisão. Cuca e seu time voltaram a mostrar respeito pelo Campeonato e pelo adversário. Com força máxima (o único ausente foi o machucado Victorino), o time celeste jogou sério e deixou mais do que definido o confronto.

Em goleadas deste porte, é difícil encontrar defeitos ou apontar destaques. Mas não há como não separar o momento de Montillo. Autor de três gols (um deles belíssimo, após encobrir o goleiro), o argentino reencontrou o ótimo futebol de suas primeiras partidas pelo Cruzeiro e será peça fundamental nos jogos decisivos na Libertadores. Aliás, com o resultado, a Raposa poderá manter foco total no difícil duelo contra o Once Caldas antes de voltar as atenções para o Campeonato Mineiro.

Quanto ao América de Teófilo Otoni, as duas goleadas seguidas devem doer (antes do confronto com o Cruzeiro, o time perdeu por 7 a 1 para o Atlético, na última rodada da primeira fase). São 15 gols em dois jogos para um time que fazia campanha brilhante baseada no bom desempenho defensivo. Mas não há motivos para lamentar. A campanha quase irretocável que colocou o time como o "melhor do interior" já é um grande feito para um time que era apontado como candidato ao rebaixamento no início do Campeonato.

No domingo, o Atlético não teve a mesma facilidade do rival. Mas venceu o América por 3 a 1 e só ficará fora da decisão com uma goleada pouco provável no próximo fim-de-semana.

Dorival voltou a apostar em Ricardo Bueno no comando do ataque no 4-2-3-1. Não funcionou. Enquanto o atacante apanhava da bola e da arquibancada, o Coelho atacava com organização. Era superior e pressionava com a boa movimentação de Irênio e Luciano. Teve um penalti ignorado pela arbitragem e uma bola no travessão antes de abrir o placar com o zagueiro Gabriel.

O panorama do jogo mudou após os 35 minutos da etapa inicial quando Neto Berola entrou no time do Atlético. Com ele, o Galo ganhou em movimentação e passou a levar perigo mesmo que de forma desordenada. Até empatar o jogo, em belo gol de Patric já nos acréscimos do primeiro tempo.

Dorival aproveitou o intervalo para armar o bote fatal. Recuou as linhas e abriu Mancini e Berola para puxar os contra-ataques. Sabia que o América precisaria sair para o jogo. Com o Coelho evidentemente sentindo o desgaste físico, a tarefa ficou facilitada e o alvinegro tomou de vez as rédeas do jogo até Neto Berola e Serginho definirem o placar.

O América ainda tem o direito de sonhar embora a missão seja muito difícil. No entanto, já é hora de trabalhar visando o mais importante da temporada: se manter na Série A. Apesar de bem treinado e entrosado, o time precisa de reforços urgentes para encontrar-se no nível dos principais concorrentes.

Quanto ao Galo, aos poucos o time dá sinais de melhora. Os resultados são importantes para dar tranquilidade no trabalho. No entanto, ainda é preciso evoluir muito para atingir o ponto que se imaginava no início do ano e para parecer em condições de encarar o maior rival na decisão.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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