Indiscutível campeão

Prometo tentar evitar adjetivos para o Barcelona de Guardiola no texto a seguir. Afinal, não existem adjetivos para qualificar o time que coroou mais uma temporada brilhante com uma conquista irretocável e indiscutível. Também porque, todos os adjetivos que se aproximam do time catalão certamente já foram gastos em textos antes e depois da vitória por 3 a 1 sobre o Manchester United que definiu o campeão da Champions League.

Os ingleses fizeram o que podiam. Ferguson manteve o 4-4-1-1 dos melhores momentos na temporada. E começou bem, com marcação adiantada e pressão no campo de defesa do Barcelona. Os 10 primeiros minutos foram de superioridade do Manchester. Só.

Afinal, só uma equipe consegue jogar com as linhas adiantadas pressionando o adversário durante os 90 minutos. E esta equipe é o Barcelona. Que aos poucos se acertou no jogo e exerceu o "irritante" jogo de paciência e posse de bola. Não são simples passes para o lado. É posse de bola efetiva, com troca de posições em busca de um espaço.

Espaço que estava fácil graças ao meio-campo pouco combativo do United. Giggs, ótimo na Champions, destaque nas assistências, não conseguia acompanhar o ritmo do Barcelona. Carrick tinha dificuldades com Iniesta e os meias abertos (principalmente Valência) eram obrigados a fechar para auxiliar na marcação. Assim, abriam espaços dos lados para os laterais do Barcelona (principalmente Daniel Alves). Isto sem falar no buraco entre as linhas de defesa e meio-campo que Messi aproveitava com a genialidade costumeira.

Pedro abriu o placar quando o Barcelona já era infinitamente superior. O Manchester não conseguia ameaçar e sofria, embora tenha achado o empate em passe de Giggs (ligeiramente impedido) para Rooney. E segurou o empate no primeiro tempo.

Mas não conseguiu segurar o adversário na etapa final. Messi em chute mortal da entrada da área igualou o recorde de Nilsterooy na Champions de 2002 (12 gols, média de um por jogo) e chegou a 53 na temporada. Números de um gênio que não deixa motivos para ficar fora da lista de gênios. Messi já é um deles.

Villa em finalização perfeita da entrada da área ainda ampliou a vantagem quando o Manchester já tentava de maneira desordenada agredir o adversário. Gol de quem soube se encaixar no estilo de um time irretocável.

O Barcelona é campeão da Champions pela quarta vez. Bateu o Arsenal (o adversário com o estilo de jogo mais próximo), o Real Madrid (o adversário mais forte) e o Manchester United (o adversário mais experiente e organizado). Irretocável. Indiscutível.

Aos 25 anos, nunca vi nada parecido com o Barcelona de Guardiola. Na organização, na intensidade, na qualidade. Sorte a minha. E de quem mais pode ver este time fazer história. História que ainda parece longe do fim.

PS: Cena inesquecível a da foto acima. Abidal levantando a taça de campeão europeu depois de jogar por 90 minutos. Tudo isto, pouco mais de 30 dias depois de retirar um tumor do fígado. Deste Barcelona inesquecível, sem dúvidas ele foi o grande vencedor.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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