Adeus, Pet

Antes de mais nada, é preciso deixar claro uma coisa: é um absurdo colocar em campo um jogador que não jogou uma partida oficial na temporada para fazer um jogo de despedida em partida que valia três pontos no Campeonato Brasileiro.

Bizarrices proporcionadas pelo futebol brasileiro à parte, a festa, as homenagens da diretoria e da torcida e tudo mais feito além de merecido é pouco para o que merecia Petkovic. O sérvio mais brasileiro do planeta ficará marcado por longo tempo na história do futebol nacional e principalmente na do clube mais popular do país.

Em campo nos primeiros minutos do jogo contra o Corinthians, Pet mostrou que podia dar mais ao time de Luxemburgo. Venceu a falta de ritmo com toques inteligentes, bom posicionamento e a qualidade que exibiu ao longo da carreira. Não foi o mesmo pois não tinha condições físicas para tal. Não teve pernas sequer para bater a falta que Renato Abreu bateu com perfeição. Não havia homenagem melhor para o meia do que um gol com o seu "carimbo".

Antes, o Corinthians jogava melhor e vencia por 1 a 0. Pouco ligando para a festa, mas com vários desfalques, Tite voltou a apostar no 4-2-3-1, com destaque para a boa dobradinha entre Weldinho e William pelo lado direito. Em boa arrancada do lateral, o atacante fez o gol corinthiano. O Flamengo jogava de maneira semelhante. Inclusive com a dobradinha pela direita, com Botinelli abrindo espaços para Léo Moura. A diferença é que enquanto Ronaldinho assistia as subidas do lateral corinthiano e sobrecarregava a defesa, Jorge Henrique seguia o lateral do Flamengo onde ele fosse.

Na etapa final, Petkovic já não estava mais em campo. A festa acabou e parecia que o sentido da partida também havia terminado. O Corinthians cansou, diminuiu o ritmo e não conseguiu mais agredir. As mexidas de Tite, com opções escassas no banco, não surtiram efeito. Assim como as de Luxemburgo, que viu seu time voltar a ter problemas de articulação e ameaçar pouco.

No fim, o empate foi justo. Assim como a homenagem. Petkovic fica no passado e na história. É mais um jogador fora de série que encerra a carreira. Pet foi brilhante com a bola nos pés como é nas palavras. Autêntico, articulado e inteligente, é daqueles que vai fazer falta dentro e fora do campo. Infelizmente...

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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