Antes que seja tarde

Contra um time totalmente reserva do Santos, não havia outro resultado aceitável para o Cruzeiro que não fosse a vitória. Embora o Santos seja candidato fortíssimo ao título brasileiro, isto se dá pelo time que tem. O elenco, em si, é muito jovem e tem poucas alternativas "prontas". Mas nem a soma de todos estes fatores foi suficiente para que o Cruzeiro conquistasse a primeira vitória no Campeonato Brasileiro.

O jogo foi o mesmo até a expulsão de Vinicius Simon, no início do segundo tempo. O Cruzeiro tinha a bola, controlava o jogo sem sustos, mas conseguia poucos lances de perigo. Novamente no 4-3-1-2, o Cruzeiro ganhou força no meio-campo e roubava bola com facilidade. Tinha dificuldades para criar porque Montillo não fazia boa partida e os laterais tinham que se preocupar com os meias abertos do 4-2-3-1 de Muricy. Principalmente Gilberto, que teve muito trabalho com o bom Tiago Alves. O desempenho abaixo do comum do Cruzeiro não era novidade. O belíssimo terceiro uniforme em homenagem ao Palestra Itália era o que mais chamava a atenção.

O Cruzeiro insistia mas pouco criava. Teve dezenas e dezenas de escanteio, todos muito mal batidos e que não levaram perigo algum. Só passou a ameaçar de verdade depois da já citada expulsão de Vinicius Simon, justíssima aliás. Dudu, que havia entrado ao pouco, deu movimentação ao time e a verticalidade que o Cruzeiro precisava, principalmente tendo um jogador a mais. A pressão foi concluída com penalti do jovem Walace em Anselmo Ramon, batido e convertido por Montillo.

Apesar da derrota, o Santos não ameaçava. O Cruzeiro poderia apertar e marcar mais uma ou duas vezes. Montillo, displiscente, perdeu grande chance dentro da área. Chegou a acertar a trave. Aos poucos, cansou e deu o jogo como definido. Para sorte do Santos. O aviso que era preciso atenção veio no gol anulado de Borges (em lance complicado, mas que parece não haver desvio). A equipe de Cuca seguiu indolente até que no último lance o Santos aproveitou a bola parada e Borges empatou o jogo.

É difícil falar em justiça no futebol. Mesmo cheio de reservas, o Santos correu atrás do empate com um jogador a menos. Suportou bem a pressão e ainda teve um gol mal anulado.

O Cruzeiro de Cuca, candidatíssimo ao título brasileiro, tem apenas 2 pontos em 4 jogos. A luz amarela já aparece pois é um time claramente mal treinado. Desde que Cuca assumiu, a equipe mineira brilhou quando seus melhores jogadores apareceram bem. Quando isto não acontece e o time depende de jogadas ensaiadas, de lances treinados, a equipe simplesmente não funciona.

A decisão de substituir é complicada pois faltam nomes qualificados no mercado. Fato é que se há um grande responsável pelo momento conturbado do Cruzeiro na temporada, ele se chama Cuca.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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