Muito pelo esquema armado pelo Bahia. Os baianos acabaram igualando o esquema do Flu, já que Fahel era responsável pela marcação à Ciro e tornou-se um terceiro zagueiro. A diferença é que Diones e Marcone ocupavam melhor o meio-campo e Ávine apoiava muito bem pelo lado esquerdo, permitindo que Carlos Alberto jogasse perto dos atacantes.
Depois do domínio e pressão do Bahia nos minutos iniciais, Abel encostou Valência em Carlos Alberto. O volante do Flu virou praticamente um quarto zagueiro, já que Carlos Alberto atuava solto. Como todas as jogadas do Bahia passavam pelo camisa 19, o adversário foi anulado (com clara vantagem de Valência na marcação). Mas o Fluminense também sumiu. Souza ficou sozinho no meio-campo. Tinha que marcar, correr e fazer a transição do jogo, errando passes demais.
Veio o segundo tempo e o Bahia se reorganizou. Jóbson passou a aparecer mais no jogo e receber mais a bola, dividindo as atenções com Carlos Alberto. O time avançou as linhas percebendo a falta de qualidade do Flu para ir ao ataque. As entradas de Marcos e Lulinha reoxigenaram a equipe. Enquanto isto, Abel mexia mal. Colocou o jovem Matheus Carvalho na vaga de Conca. Se a bola não chegava à frente com a presença do argentino, com o atacante ficou ainda pior.
O Bahia empilhava chances perdidas enquanto a pressão da torcida do Flu crescia. Vaias inéditas para Fred e reclamações com o desempenho do time. Que, como num golpe de sorte, teve uma falta lateral nos minutos finais do jogo e se jogou para a área, com o sonho de definir o confronto. Bola mal batida, contra-ataque rápido puxado por Ávine (o melhor em campo) e gol de Jóbson. Duro e merecido castigo.
O Bahia vai se acertando e somando pontos importantes. O "time de refugos" comandado por Renê Simões ainda está sendo montado, mas pode melhorar. Pontos conquistados agora vão dar ao técnico a tranquilidade que ele precisa para fazer o time jogar.
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