Justo castigo

O gol de Jóbson, aos 48 minutos do segundo tempo, foi um castigo para Abel Braga em sua primeira partida diante da torcida do Fluminense. Castigo merecidíssimo, para um time que não conseguiu jogar diante de um adversário tecnicamente muito inferior.


Abel Braga escalou sua equipe no 3-5-2 que tanto gosta. Edinho era o homem da sobra na defesa. Ciro, seria o "atacante de movimentação". Os alas, teriam liberdade para se aproximar de Conca, assim como Souza. Na prática, não funcionou.

Muito pelo esquema armado pelo Bahia. Os baianos acabaram igualando o esquema do Flu, já que Fahel era responsável pela marcação à Ciro e tornou-se um terceiro zagueiro. A diferença é que Diones e Marcone ocupavam melhor o meio-campo e Ávine apoiava muito bem pelo lado esquerdo, permitindo que Carlos Alberto jogasse perto dos atacantes.


Depois do domínio e pressão do Bahia nos minutos iniciais, Abel encostou Valência em Carlos Alberto. O volante do Flu virou praticamente um quarto zagueiro, já que Carlos Alberto atuava solto. Como todas as jogadas do Bahia passavam pelo camisa 19, o adversário foi anulado (com clara vantagem de Valência na marcação). Mas o Fluminense também sumiu. Souza ficou sozinho no meio-campo. Tinha que marcar, correr e fazer a transição do jogo, errando passes demais.


Veio o segundo tempo e o Bahia se reorganizou. Jóbson passou a aparecer mais no jogo e receber mais a bola, dividindo as atenções com Carlos Alberto. O time avançou as linhas percebendo a falta de qualidade do Flu para ir ao ataque. As entradas de Marcos e Lulinha reoxigenaram a equipe. Enquanto isto, Abel mexia mal. Colocou o jovem Matheus Carvalho na vaga de Conca. Se a bola não chegava à frente com a presença do argentino, com o atacante ficou ainda pior.


O Bahia empilhava chances perdidas enquanto a pressão da torcida do Flu crescia. Vaias inéditas para Fred e reclamações com o desempenho do time. Que, como num golpe de sorte, teve uma falta lateral nos minutos finais do jogo e se jogou para a área, com o sonho de definir o confronto. Bola mal batida, contra-ataque rápido puxado por Ávine (o melhor em campo) e gol de Jóbson. Duro e merecido castigo.


O Bahia vai se acertando e somando pontos importantes. O "time de refugos" comandado por Renê Simões ainda está sendo montado, mas pode melhorar. Pontos conquistados agora vão dar ao técnico a tranquilidade que ele precisa para fazer o time jogar.


Quanto ao Fluminense, é bom que Abel reveja seus conceitos. O óbvio passeou em sua vista durante os 90 minutos do jogo, mas ele preferiu ignorar. A pressão aumenta a medida que o tempo diminui. E Abel precisa justificar o quanto antes os meses de indefinição que o Fluminense viveu à sua espera.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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