A oitava copa

A partir de amanhã, da próxima vez que Santos e Peñarol se enfrentarem, estarão em campo oito títulos da Copa Libertadores. Hoje, o time paulista tem dois e o uruguaio, cinco. Tradição que será colocada frente a frente no Pacaembu logo mais, na decisão continental.

Em 1962, na época em que o campeão entrava já nas fases finais no ano seguinte, o Peñarol (campeão de 61) enfrentou o Santos na decisão. Em três jogos, os paulistas acabaram levando a melhor e vencendo a Libertadores pela primeira vez. Os três jogos, aconteceram pois nas duas primeiras partidas os resultados foram iguais: vitória dos visitantes por um gol de diferença.

Se o regulamento permitisse, seria bem provável que Santos e Peñarol precisassem fazer três jogos novamente pare decidir o campeão, dado o equilíbrio no confronto. Santos e Peñarol fizeram jus à vaga na decisão com times parecidos, embora diferentes.

O Santos tem duas frentes. O pragmatismo e a eficiência de Muricy e a qualidade irretocável de Neymar. Para o jogo decisivo, ganha ainda a genialidade de Paulo Henrique Ganso (que embora tenha jogado pouco, foi fundamental para a chegada do Santos na decisão). Com ele, mesmo abaixo das condições físicas ideais, o Santos é mais forte. Na qualidade do passe, Ganso pode decidir. Quanto mais vezes a bola chegar redonda até Neymar, maiores as chances do Peixe decidir o jogo. Embora seja impossível prever quanto tempo Ganso ficará em campo, é certo que em um minuto ele pode fazer a diferença.

O Peñarol aposta na eficiência. É um time que erra pouco, que dá poucas chances ao adversário. Sabe o que quer e o que é capaz. Marca forte com duas linha e dá liberdade para Martinuccio, homem-chave da equipe, armar os contra-ataques.

O empate na primeira partida deu a impressão de vantagem ao Santos. Ledo engano. Quem acompanhou a campanha dos uruguaios na Libertadores sabe que a história se repetiu até que o time chegasse a decisão: nunca foi favorito, sempre decidiu fora de casa, sempre surpreendeu. É no campo inimigo que o Peñarol se faz forte, porque sua força depende diretamente da confiança do adversário. Quanto mais à vontade o adversário se sente, mais forte o Peñarol.

Se você obrigar 10 pessoas a cravar um campeão, tenho certeza que pelo menos oito apostarão no Santos. Eu, inclusive. O que isso quer dizer? Nada.

Para o jogo de logo mais há história, há tradição, há dois bons times. Não existe espaço para favoritismo.

Dentro de campo, Santos e Peñarol vão decidir uma Libertadores indefinida. E juntos, chegarão à oito títulos do campeonato mais importante do continente.

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