No confronto de um time que é presença constante no G-4, jogando em casa, contra um adversário que tenta se afastar da crise e continua perto da zona do rebaixamento, obviamente o mandante é favorito natural. O que não quer dizer que o Palmeiras teve vida fácil diante do Atlético-MG novamente muito modificado por Dorival Júnior.
O técnico do Galo voltou ao 3-5-2. Desta vez com poucas opções entre os volantes, Dorival optou por três zagueiros de ofício ao invés de utilizar Richarlyson no setor. A surpresa ficou por conta da justa barração de Réver. Leonardo Silva voltou ao time titular mas é outro que também merece o banco de reservas.
Com desfalques e problemas, Felipão não mudou a cara do Palmeiras. Perdeu Wellington Paulista e foi obrigado a colocar em campo Luan, com situação perto de definição. Manteve o esquema que vem sendo utilizado desde o início da temporada: 4-2-3-1 com muita transpiração e pegada. Dentro ou fora de casa, o time palmeirense é osso duro de roer.
O jogo foi equilibrado desde o início. Com Valdívia ainda pouco inspirado, o Palmeiras tentava explorar o evidente nervosismo do jovem Eron (lateral esquerdo que estava jogando a Taça BH e foi alçado ao time titular por Dorival Júnior). Com Maikon Leite errando muito, o time tinha dificuldades para se aproximar do gol. Já o Atlético mostrava postura segura na defesa (com partida destacada de Lima) e conseguia sair com inteligência para o ataque. Quase sempre com Patric, muito mais à vontade no esquema com três zagueiros.
As duas equipes corriam muito, mostravam vontade e o jogo era truncado. O primeiro gol só poderia sair em bola parada. Cobrança sempre bem feita nos pés de Marcos Assunção e falha grotesca de posicionamento de Giovanni Augusto. A sorte do goleiro e do Atlético é que o Palmeiras ainda comemorava quando Magno Alves empatou o jogo da entrada da área, no lance seguinte.
No segundo tempo, Luan apareceu mais (e melhor). Apesar dos erros na pontaria, saíam de seus pés as principais jogadas dos paulistas. O Galo se mostrava mais preocupado em defender e o gol era questão de tempo. Outra falta cobrada por Marcos Assunção e após bate-rebate Luan fez o segundo.
Dorival tentou reoxigenar seu sistema ofensivo com três mudanças simultâneas. Wesley, Berola e André entraram em campo. Pouco depois, porém, Luan e Valdívia fizeram boa jogada e Patrik mandou para as redes.
Com o placar adverso, o Galo foi para o ataque. De novo pouco depois, conseguiu marcar. Grande lance de Neto Berola (que entrou bem no jogo) e gol de Wesley. Dali até o fim do jogo, o Palmeiras preocupou-se somente em se defender enquanto o Atlético tentava chegar na base do abafa. O gol de empate, que não seria injusto, não saiu.
O Palmeiras não é bonito de se ver. Seus principais jogadores não conseguem brilhar. Mas é um time eficiente, encardido. Vai somando pontos e chegando junto aos líderes. Dificilmente perde pontos bobos e por isto chega.
Já o Atlético, segue seu calvário próximo à zona do rebaixamento. Aos poucos, a equipe parece encontrar um padrão tático interessante. Falta qualidade individual. O time deve melhorar muito quando Dudu Cearense, Guilherme e André estiverem prontos. O problema é saber quando isto vai acontecer.
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