Pressão, a grande diferença

São Paulo e Vasco fizeram um bom jogo no Morumbi. Tecnicamente interessante, com duas grandes equipes. Brigado. E resolvido em lances isolados e muito bem encaixados pelos visitantes, que entram de vez no hall de postulantes ao título brasileiro. "Apesar" do título da Copa do Brasil, o Vasco percebeu cedo que é possível voar mais alto. E já decolou no Brasileirão.

Apesar do pouco tempo, o São Paulo já tem muito da cara de Adilson Batista. No 4-3-1-2 dos melhores momentos do treinador, o tricolor já mostra futebol vistoso e alguns problemas defensivos. As características porém, já batem com o Cruzeiro que fez o nome que o treinador não conseguiu honrar em outros trabalhos.

Piris foi o bom estreante e teve liberdade para atacar pela direita embora tenha como principal característica a marcação. A ideia era que o zagueiro improvisado Luiz Eduardo segurasse pelo lado esquerdo. Os volantes, com qualidade, tinham liberdade para chegar ao ataque. Carlinhos Paraíba pela esquerda, fazia o que Luiz Eduardo não podia fazer. Wellington e Jean se revezavam em infiltrações pelo meio. Rivaldo armava, Lucas e Dagoberto se movimentavam. O São Paulo já é um time que tenta manter a posse de bola, que tem paciência ofensiva e toques vistosos e movimentação na frente para chegar ao gol. E os problemas de cobertura de quase todos os times de Adilson.

O Vasco soube se fechar como sempre. Rômulo se desdobra na marcação. E Dedé justificou a convocação de Mano com partida impecável. Anderson Martins também foi bem. Jogar com um grande zagueiro faz bem a ele. Mais uma vez, o Vasco forçou o jogo nos contra-ataques (o que faz o time jogar melhor longe de casa). Na força de Diego Souza, no passe preciso de Juninho Pernambucano (ou Felipe), na velocidade de Éder Luís.

Depois de um primeiro tempo equilibrado, com o São Paulo pouco melhor, os donos da casa foram obrigados a se expor mais. Obrigados pela pressão por resultados, que diferenciou as equipes no jogo. Enquanto o tricolor sentia a necessidade de vencer e se desorganizava para atacar, o Vasco armou o bote. Abriu o placar com Éder Luís nas costas de Henrique Miranda, jovem lateral que foi obrigado a entrar na vaga do machucado Xandão e não fez boa partida. No fim, com o adversário já batido e entregue, Felipe ampliou.

O São Paulo tem um bom time e um grande treinador. Já começa a encontrar um padrão. Mesmo que ainda oscile muito (natural para uma equipe com tantos garotos). Quem vê a tabela, porém, não entende como o time pode ser tão pressionado por resultados, mesmo no terceiro lugar.

Enquanto isto, o Vasco navega em águas tranquilas. E com um bom time e um grande trabalho de Ricardo Gomes, parece disposto a ser protagonista também no Brasileirão.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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