Menos loucura, mais organização

Na Copa América dos jogos sem graça e dos empates modorrentos, o Chile foi quem chamou atenção na primeira rodada. Não que precisasse se esforçar muito para isto. Afinal, já dizia o ditado que "em terra de cego, quem tem olho é rei".

Com Carlos Borghi no comando, o Chile manteve a postura ofensiva dos tempos de Bielsa. É a vocação do time e o novo treinador soube respeitar. Sem porém, deixar de implantar um sistema mais organizado e coletivo.

Há de se dizer que o México levou à Copa América um time de garotos com poucos reforços e que ainda sofreu desfalques de última hora por indisciplina. Ou seja, uma equipe desestruturada e que não servirá como parâmetro. Que se viu obrigada a defender num 5-4-1 medroso durante quase toda a partida.

Com alas ofensivos e intensa movimentação na frente, o Chile controlou a bola e o jogo. Pecava apenas pois o bom Fernandéz prendia muito a bola e o jogo de Aléxis Sanchez, provável reforço do Barcelona, não se encaixou no meio de tantos zagueiros.

Curiosamente, depois de empilhar algumas chances perdidas, o Chile acabou sofrendo o gol. Meio por acaso, em bola aérea e vacilo da defesa. Gol que deixou os mexicanos mais soltos e melhorou a qualidade do jogo.

Diferentemente dos tempos de Bielsa, o Chile não se descontrolou e passou a jogar de maneira desordenada. Seguiu com sua proposta de jogo e com boas substituições de Borghi, recuando Sanchéz e passando Vidal para a ala esquerda onde cresceu muito, o Chile buscou o resultado que era justo: 2 a 1.

Não acho que o Chile surpreenderá e se tornará um dos favoritos ao título. Mas é interessante ver um time organizado, que sabe o que quer e com bons valores individuais. Se não dá para se animar muito com a vitória sobre um México desmontado, dá para perceber que nem só de jogos decepcionantes viverá a competição mais importante do continente.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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