Robin Hood

O Campeonato agradeceu ao Cruzeiro no domingo. O Atlético-GO, agradeceu nesta quarta-feira. Com pouquíssima inspiração e centenas de erros táticos, o time de Joel Santana foi derrotado. 2 a 0 que serviu para tirar os goianos da zona de rebaixamento.

Os primeiros 15 minutos de jogo foram de Deus nos acuda para a defesa do Cruzeiro. Um dominó tático deixou Éverton sozinho e perdido na marcação. Leandro Guerreiro saía da cabeça de área para cobrir Vitor. Marquinhos Paraná deixou o lado esquerdo para fechar a entrada da área. Éverton ficava sozinho para macar Thiaguinho e Rafael Cruz, que avançava tranquilo e fazia o que queria. Até acertar cruzamento para Felipe abrir o placar.

O Cruzeiro manteve o erro ao longo de todo o primeiro tempo. O Atlético-GO só não aproveitou porque preferiu se expor menos. Era soberano no jogo, controlava as ações e levava mais perigo. Se fosse um pouco mais incisivo, mataria o jogo. Mas deixou o Cruzeiro tocar a bola e esfriar o jogo, sem ameaçar em momento algum.

No intervalo, Joel Santana começou a errar de forma inexplicável. Tirou o inócuo Vitor mas abriu o time com a entrada de Ortigoza. Não precisava se expor tanto.

O Cruzeiro melhorou. Empurrou o adversário para o campo de defesa. Tinha a bola e Roger e Montillo tramavam boas jogadas. O gol parecia questão de tempo quando Joel resolveu mexer. Reis, há poucas semanas dispensável, virou solução no lugar de Roger. O Atlético-GO respondeu se fechando. Com Montillo bem marcado e sem Roger para ajudar na marcação, o Cruzeiro tinha a bola mas não levava perigo. A bola só chegava com lançamentos longos para a área, que facilitavam o trabalho da defesa e deixavam Reis sempre em desvantagem. Márcio não trabalhava.

Para piorar, Joel Santana agiu de novo. Trocou Marquinhos Paraná (o único que marcava no meio) e colocou Anselmo Ramón. Mais um centro-avante que só receberia bolas longas, em ampla vantagem para os zagueiros. Em contra-ataque, o Atlético-GO definiu o jogo com tranquilidade, e novamente com Felipe.

Excesso de atacantes, não indica ofensividade. O Cruzeiro foi muito melhor quando teve Roger, Montillo e dois atacantes. Rodava a bola, buscava espaços, encurralava o adversário. Com 4 atacantes e completa confusão tática, finalizou apenas três vezes (uma com pouco perigo) contra 7 do adversário, que marcou um gol.

O Cruzeiro perde pontos preciosos em Goiânia. Se jogar fechado contra o Corinthians foi um acerto, exagerar nos atacantes contra o Atlético foi desnecessário. A chance de se aproximar dos primeiros, ficou para trás. E são estes vacilos que impedem que seja possível acreditar na equipe de Joel.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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