Cruzeiro - Atlético = Montillo

O dia começou com o clássico inglês. A goleada do Manchester por 8 a 2 sobre o Arsenal escancarou a diferença entre os times. Enormes. O domingo terminou com clássico em Minas Gerais. Que também deixou clara a diferença entre Atlético-MG e Cruzeiro. Bem menor do que na Inglaterra, mas considerável: um Montillo.

Tecnicamente, não foi um bom jogo na Arena do Jacaré. Cuca voltou a escalar o Atlético-MG no 3-5-2, com Richarlyson como terceiro zagueiro, para liberar o jogo pelos lados. A idéia clara era explorar a deficiência na marcação dos laterais do Cruzeiro, que o treinador atleticano conhece bem. Não deu porque um erro de Richarlyson e Pierre logo no início, fez com que Wellington Paulista achasse Montillo em posição muito difícil, mas legal, para driblar Renan Ribeiro e abrir o marcador.

O jogo dos sonhos se apresentou para o Cruzeiro. A torcida do Galo se voltou contra o time, que como nas outras partidas acusou o golpe. Se fosse para cima, o time de Joel Santana certamente mataria o jogo.

Pouco depois Wellington Paulista deixou o campo machucado para a entrada de Charles. A idéia seria boa, para liberar Roger e Montillo para armar os contra-ataques com o apoio dos laterais. Mas não foi o que aconteceu. Com apenas um atacante para marcar, Cuca desmanchou o 3-5-2 transformando Richarlyson (de novo muito mal) em meia pelo lado esquerdo. E o Cruzeiro se encolheu.

O primeiro tempo acabou e Cuca voltou com um Galo ainda mais ofensivo para o segundo tempo. Com três atacantes, o alvinegro passou a jogar no campo de ataque. Só um time jogava na Arena e o empate era questão de tempo. Saiu no ótimo chute do ótimo Felipe Soutto (de longe o melhor jogador atleticano), indefensável para Fábio.

O jogo seguia jogado no campo de defesa do Cruzeiro. A posse de bola do Galo, porém, seguia sem assustar. Tanto é que Fábio não fez uma defesa sequer. Demorou, mas Joel tentou Ortigoza na vaga de Roger, para tirar o adversário da zona de conforto. Embora também não ameaçasse, o Cruzeiro equilibrou o jogo e ocupava mais o campo de ataque.

A partida era de intermediária a intermediária. Sem ameaças. Até que o incansável Montillo roubou uma bola no meio, avançou e da intermediária, acertou o canto de Renan Ribeiro, que aceitou. 2 a 1 e jogo definido nos minutos finais.

O Atlético não consegue reagir. Com Cuca, são 6 jogos e 6 derrotas. A diferença para o primeiro time fora da zona de rebaixamento já é de 5 pontos. Falta ao time alguém capaz de fazer algo diferente. Falta Montillo.

Que o Cruzeiro tem. E deve ao Destaque do Brasileirão até aqui, grande parte dos pontos que tem. A equipe de Joel ainda é defensiva demais, pobre demais, fraca demais.

O pobre clássico mineiro só mostrou uma coisa de bom. E ela veio da Argentina. Se chama Walter Montillo.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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