A dura realidade

O início de temporada não podia ser pior para o Arsenal. Além de perder dois de seus principais jogadores (Nasri e Fábregas), o time teve que encarar dois dos principais rivais logo nas três primeiras rodadas da Premier League. O "choque de realidade" em Manchester hoje, deve pelo menos ter servido para acordar os Gunners, que precisam agir rápido no mercado se não quiserem uma temporada de muitos vexames semelhantes.

No jogo de hoje, bastava olhar para os dois times (e principalmente para os dois bancos de reservas) para ver a brutal diferença entre Manchester United e Arsenal. Enquanto o United se dava ao luxo de colocar no banco craques como Ferdinand, Giggs e Chicarito para rejuvenescer o time e dar oportunidade a garotos com futuro como Welbeck, o Arsenal teve que apostar novamente em Rosicky, Djorou, Traoré e tinha no banco um monte de garotos que não transmitia confiança alguma.

Bastou a bola rolar para a diferença ser percebida em campo. Enquanto o time de Ferguson matinha o padrão de alto nível da última temporada, aproveitando-se da velocidade de Young pelo lado esquerdo para dar ainda mais dinâmica ao seu jogo, a equipe de Wenger tinha dificuldades tremendas no setor defensivo e pouco brilho no meio-campo para acionar seus homens de frente.

Os gols foram saindo de forma natural. O United não parecia estar fazendo um enorme esforço para vencer (embora tenha tomado um susto quando vencia por 1 a 0 e De Gea defendeu penalti muito mal batido por Van Persie - o sétimo penalti perdido em dez cobranças até aqui na Premier League).

Young (2), Nani, Park, Welbeck e Rooney (3), fizeram os gols da goleada histórica. Van Persie e Walcott, descontaram no fiasco inesquecível. 8 a 2 para um Manchester que ainda perdeu um caminhão de gols, contra um Arsenal que mesmo em jornada terrível não parecia crer que quem estava no banco poderia acrescentar algo.

O Manchester chega ainda mais forte para esta temporada. Tem uma ótima safra de jovens preparados para ajudar, como o bom zagueiro Phil Jones, o meia Tom Cleverley e o interessantíssimo Welbeck, rápido e forte no jogo aereo. Contratou bem, se reforçou e se renovou de maneira natural.

O contrário do Arsenal. Que já precisava de reforços para brigar com os mais fortes e ainda perdeu seus principais jogadores sem reposição alguma. Wenger não deve ser demitido, pela enorme história que tem no clube. Mas precisa agir rápido e com muita audácia no mercado. Nomes como Sneijder, Kaká e Tévez podem dar peso a um time que tem bons jovens, mas que precisa de quem chame a responsabilidade para que eles possam desenvolver.

O que aconteceu hoje, não foi nada mais que a realidade de Manchester United e Arsenal. Realidade dura demais para o fraco elenco de Wenger.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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