Tudo tem dois lados

É preciso cuidado para avaliar a nada surpreendente vitória da Alemanha por 3 a 2 sobre a Seleção Brasileira na tarde de hoje. Uma das grandes sensações do último Mundial, a Alemanha apresentou um time jovem que ainda tem muito a evoluir até atingir seu ápice. E que ainda ganhou outros jovens promissores, como o ótimo Gotze.

Se o placar final não assusta, a inferioridade do time de Mano Menezes em grande parte do confronto é preocupante.

Quando Mano estava indisponível, Mano falava que ele era indispensável em seu esquema. Hoje, abriu mão do meia que não vem jogando bem para reforçar a marcação com Fernandinho. No 4-2-2-2, o Brasil tinha dois meias (Robinho e Fernandinho) mais preocupados em destruir do que construir. O objetivo era claro: roubar a bola e sair em velocidade, pelos lados, para tentar surpreender.

Depois de 15 minutos de sufoco absoluto, sem passar do meio-campo, o Brasil se acalmou e entrou no jogo. Encaixou muito bem a marcação e embora não conseguisse segurar a bola, não levava sustos.

Com posse de bola qualificada e atuação destacada do ótimo Schweinsteinger, a Alemanha tentou abrir espaços o tempo inteiro e aproveitou as melhores oportunidades que teve. O Brasil conseguiu chegar apenas em um lance perdido por Pato no início da etapa inicial, em um penalti duvidoso (assim como o penal para os alemães) e em jogada individual de Neymar com passe de Ganso.

O resultado foi justo e como já disse, não é assustador. Hoje, a Alemanha além de ter um elenco mais completo, tem um time pronto. Que joga junto há algum tempo e que parece evoluir cada vez mais, capaz de atingir seu auge em 2014.

Mano precisa esquecer conceitos e diminuir a politicagem. É hora de repensar. A tal reformulação e, principalmente, a nova dinâmica de jogo não funcionou. Precisamos reconhecer que não temos mais a melhor seleção do planeta e isto é um primeiro passo importante. Mas com organização e aproveitando o que temos de melhor, podemos encarar de igual para igual qualquer grande time do planeta.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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