Jogo pobre, empate justo

O Palmeiras não teve Valdívia e Kléber. O Cruzeiro, mais uma vez, teve apenas Montillo. No panorama, dava para esperar um jogo ruim no Pacaembu. O que aconteceu. Nos 90 minutos de pouquíssimo futebol, foram mais de 150 passes errados e apenas 10 chutes certos ao gol. No fim, o empate pode ser considerado justo, embora os donos da casa tenham ficado tão perto da vitória.

Independente dos desfalques, Felipão manteve o 4-2-3-1 que vem trabalhando desde o início do ano no Palmeiras. Estreando no Cruzeiro, Emerson Ávila espelhou sua equipe no adversário, com um trio de meias de alta capacidade técnica: Montillo, Roger e Gilberto. Esquema que aliás, eu defendi aqui neste espaço para melhor utilização do plantel celeste.

No entanto, a primeira etapa foi sonolenta e cansativa. O Palmeiras tinha mais a bola, jogava mais no campo ofensivo, mas se ressentia da ausência de um armador típico. Faltava criatividade. Se com Valdívia as coisas já não fluem bem nesta área, sem ele fica ainda pior.

Já o Cruzeiro, voltou a demonstrar dificuldades na saída de bola. Como os laterais subiam pouco ao ataque (principalmente Paraná, improvisado na direita), o time dependia de um lance individual de seus meias, que faziam partidas apagadas. Faltava a eles abrir o corredor para os laterais, entrando em diagonal e ficando mais perto da área de definição, onde podiam fazer a diferença.

Na etapa final, o Palmeiras tentou adiantar suas linhas. O time de Felipão passou a incomodar mais. Sentiu a insegurança do goleiro cruzeirense Rafael e passou também a finalizar mais. De longe, de perto. E água mole em pedra dura, Rafael soltou bola no meio da área e o criticado e eficiente Luan abriu o placar.

Com a vantagem, o Palmeiras passou a tocar a bola desinteressado. Com três atacantes após as entradas de Keirrison e Sebá, o Cruzeiro tentava atacar sem sucesso. E como de costume, bastou a bola chegar até Montillo para que ele resolvesse. Jogada individual e gol de empate. O argentino é o melhor do Campeonato jogando em um time que não se encontra.

No fim, o Palmeiras ainda teve um penalti bem marcado e desperdiçado por Marcos Assunção, que bateu mal no meio do gol. Antes, Vuaden ignorou penalti claro de Marquinhos Paraná, quando o jogo ainda estava 0 a 0.

O Palmeiras desperdiça mais uma chance de vencer e vai se afastando do pelotão de cima. Só não vive situação pior, porque os primeiros colocados também não cansam de tropeçar. Me parece incapaz de lutar pelo título. Mas Felipão tem méritos em tirar tanto de um time tecnicamente tão pobre. Quanto ao Cruzeiro, segue dependente de Montillo. Resta saber até quando o argentino salvará pontos sozinho.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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