Nível B

Pouco a dizer sobre o empate sem gols entre Avaí e Cruzeiro na Ressacada. Conclusão, apenas uma: os dois merecem a Série B, pois jogam futebol de tal nível na competição. A partida deixou claro que a situação dos dois na tabela não é obra do acaso e nem da falta de sorte.

E se um time não pode reclamar da sorte, é o Cruzeiro. Perdido em campo, foi sufocado pelos donos da casa durante boa parte dos 90 minutos. Criou apenas duas chances de gol. Viu Fábio fazer três grandes defesas e levou três bolas na trave. Sem contar o gol de William, mal anulado pela arbitragem em difícil lance de impedimento.

O Avaí entrou em campo moralmente rebaixado. Saiu praticamente rebaixado. Além de vencer os três jogos que restam precisa tirar enorme diferença no saldo de gols para o Cruzeiro. A contratação de Mauro Ovelha me parece já ser pensando em 2012 e na reestruturação de um grupo carente e pobre de opções. No último suspiro, o time bateu na trave. Mas vai jogar a Série B ano que vem.

Quanto ao Cruzeiro, sofre por ser fraco mas também por fazer escolhas impossíveis de entender. Pelo que joga, é um time que merecia cair direto para a Série C. Pelo que tem, poderia mais.

Difícil explicar um time que passa uma semana concentrado treinando em Atibaia ser tão desorganizado e não ter uma jogada coletiva. Incompreensível Diego Renan ser titular da lateral esquerda com o promissor Gabriel Araújo no elenco. Complicado ver Roger substituir Montillo quando o que separa os dois não é só a capacidade técnica mas sim o comprometimento. E faltam palavras para falar sobre Wellington Paulista, com um gol no Campeonato, ser titular no lugar de Anselmo Ramón, que marcou oito. Pior que tudo isto, só um treinador que escala quatro atacantes entre os sete reservas e sequer leva o jovem meia Élber para Florianópolis.

Depois de vencer o Inter e caminhar para a tranquilidade, o Cruzeiro se pressiona contra um Atlético-PR que venceu o São Paulo e ganhou moral. Fez hoje o mais fácil de seus quatro últimos jogos e mostrou que precisa acertar e perceber o que está acontecendo em campo antes que seja tarde.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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