Falta individual para um. Sobra coletivo em outro.

O duelo entre Flamengo e Figueirense hoje a noite no Engenhão era importante na briga por uma vaga na Libertadores. E mostrou dois times muito parecidos taticamente mas em momentos muito diferentes. E se o empate não foi bom para nenhum dos dois, foi melhor para o Figueirense, que sai fortalecido e decidirá sua vida em confrontos diretos e difíceis, mas dentro de casa.

Ambas as equipes se postaram no 4-3-1-2.

O Flamengo tinha Ronaldinho mas perto do gol e laterais com liberdade para apoiar, principalmente Leo Moura pela direita. Pecava pela pouca mobilidade ofensiva, problema crônico durante a temporada. E pela dificuldade na transição com volantes ótimos na marcação mas deficitários no passe.

O Figueirense teve a organização já habitual. É um time que se posiciona bem e que sai com velocidade e inteligência. Rapidamente chega com até sete jogadores ao campo ofensivo. Desde o início preparou o bote, recuando a linha defensiva, para surpreender um adversário inseguro na defesa.

O time de Jorginho não tem nenhum grande craque (embora Wellington Nem seja um grande projeto, a revelação deste Brasileiro ao lado de Rodrigo Moledo). Brilha pelo conjunto e competência do técnico. Por isto, todas as peças funcionam tão bem.

O Flamengo não. Desorganizado, depende do brilho individual. No início da competição, ele veio com Ronaldinho Gaúcho e manteve o time entre os primeiros. Depois, Thiago Neves carregou nas costas. No momento, ele está ausente. E não por acaso, o time não marcou gols nos últimos dois jogos e praticamente não ameaçou Wilson na segunda etapa no Engenhão.

Melhor, o Figueirense precisava de um contra-ataque. Teve e quase definiu, com passe preciso de Jonathan, enfiada inteligente de Elias e arrancada de Wellington Nem, derrubado na área por Paulo Vitor. Penalti muito mal batido por Aloísio.

O restante do jogo teve muitas vaias para o Flamengo e pouquíssimas chances de gol. O Figueirense, melhor e organizado, se abateu com o penalti perdido e perdeu a chance de apertar para buscar uma vitória que seria sensacional.

O Flamengo dá pinta de que vai ficar pelo caminho pois não tem contado com o brilho individual. E o organizado Figueirense, é o time do momento no país, e muito disto deve-se ao grande trabalho de Jorginho.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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