Goleada, salvação e lição. Para os dois.

O cenário óbvio era de favoritismo para o Atlético-MG. Mas o que se viu foi um time do Cruzeiro disputando cada bola como se fosse um prato de comida. E para um time que estava com fome de vitórias no returno do Campeonato Brasileiro, não havia interesse maior.

O jogo na Arena do Jacaré foi de um time só. Do mais interessado. O Cruzeiro brigou até demais no início, mas se acalmou assim que os gols começaram a sair. E saíram como não vinham saindo nas últimas rodadas: com boas jogadas de Wellington Paulista, Roger e cia.

O Atlético com dificuldades para sair jogando e com os lados do campo, ponto alto do time, bloqueados, sentiu. Já tinha "passado de ano" e entrou para cumprir tabela num jogo que valia muito para sua torcida. Quando acordou, o placar já marcava quatro a zero para os donos da casa.

No futebol, nem sempre o melhor vence. Raramente, o melhor é goleado. Mas sempre que um time entrar para competir contra um adversário que vai apenas jogar, o resultado será este. O 6 a 1 teve requintes de crueldade de um Cruzeiro que parece cada vez mais acostumado a maltratar o rival.

Vitória que veio dentro de campo. O mesmo presidente que cancelou o bicho de 1 milhão prometido ao grupo pela fuga do rebaixamento, havia oferecido mais 1 milhão (ainda no vestiário do time após a vitória sobre o Botafogo) caso uma vitória hoje rebaixasse o Cruzeiro. A diretoria já havia, inclusive, preparado um vídeo para zombar do rival em caso de queda. Não consigo imaginar que quem fez isto, entraria em acordo para perder o jogo.

O que fica de mais importante na goleada do Cruzeiro é a lição. Que serve para os dois. O futebol mineiro teve um ano para não ser esquecido, apesar dos resultados. É preciso notar que comemorar fuga de rebaixamento é muito pouco para clubes importantes no cenário nacional e que tem condições de brigar por conquistas.

Que em 2012, na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, as premiações cheguem aos times mineiros por conquistas, não por fazer a obrigação.

O Cruzeiro já fala em manter Vágner Mancini (que assumiu o clube na 12ª posição e só se salvou do rebaixamento na última rodada). Wellington Paulista, que fez hoje apenas o segundo gol no Campeonato Brasileiro, foi exaltado. Assim como Roger, preguiçoso e indolente em outras partidas decisivas.

O primeiro passo para aprender a lição é não tratar como herói quem deixou o clube perto vexame. O mesmo serve para o Atlético com Richarlyson, Daniel Carvalho e tantos outros.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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