Quando o resultado é o que importa

Basta observar pequenos detalhes para perceber a importância que a vitória nos amistosos tem para o técnico da seleção brasileira. Seja pela comemoração efusiva por um gol contra aos 44 minutos do segundo tempo que garantiu um resultado (injusto). Seja por uma substituição faltando 30 segundos do fim de uma partida que não vale nada. Seja pela falta de testes e insistência com nomes que provavelmente não estarão "disponíveis" em 2014. Nos amistosos da seleção de Mano Menezes, não importa o adversário e nem a qualidade do jogo. O que vale é vencer.

Contra a Bósnia, o Brasil perdeu uma boa chance de se preparar. Se não é um adversário do primeiro escalão, o rival de ontem tem força, alguns jogadores de altíssimo nível (Misimovic, Pjanic e Dzeko, principalmente) e boas chances de estar na próxima Copa do Mundo. Seria um bom teste. Mais uma vez, foi uma grande perda de tempo.

Mano Menezes insiste com escolhas estranhas. Júlio César é mantido no gol mesmo vivendo uma fase não tão boa (embora tenha crescido de produção na Inter). David Luiz, em momento terrível no Chelsea, idem. Pode-se dizer o mesmo de Sandro, que segue perdendo espaço no bom time do Tottenham. Hernanes, um dos melhores jogadores do Campeonato Italiano, joga fora de sua posição na equipe de Mano Menezes. Isto sem falar no capítulo à parte chamado Ronaldinho Gaúcho.

Mano Menezes já tem 18 meses de trabalho. Venceu alguns jogos que não valhiam nada. Perdeu outros. Foi eliminado da Copa América. Ainda não conseguiu fazer a equipe jogar de maneira vistosa e não dá pinta de evolução. Não montou um time Olímpico e nem mostrou que está se preparando para a próxima Copa.

Diego Alves, Dedé, Felipe Mello, Ganso, Oscar e cia pedem passagem. Preocupado apenas em vencer para se manter no cargo, Mano Menezes não dá. Perde o tempo dele, perde o tempo da seleção e faz quem para pra assistir seu time perder tempo também.

O relógio da vida, porém, não para Mano Menezes. O tempo urge.

PS: Impressiona que em 1 ano e meio de trabalho Mano Menezes não tenha testado outro esquema em alternativa ao 4-2-3-1 (que às vezes parece um 4-3-3 mas que cada vez mais tem a cara do time de Dunga, com o meia pela direita atuando quase como mais um volante). A diferença para o time do antecessor era que aquele tinha uma proposta bem definida, era bem treinado e tinha a bola parada como arma fortíssima.

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3 comentários:

Net Esportes disse...

O Brasil está preocupado com a Copa.

Preocupado em fazer a Copa e não em jogar nela ...

Nicolau disse...

Felipe Mello?

Vinicius Grissi disse...

O Felipe Mello foi um dos mais regulares da seleção com o Dunga embora tenha errado num momento decisivo.

Mas voltou a jogar bem, tem sido decisivo pro seu clube (embora jogando mais avançado). É o melhor no momento pra posição dele e o que tem mais "cancha" também.

Merece nova chance.

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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