Quem gosta e acompanha futebol tem seus sonhos. Vários. Nesta semana, realizei um dos meus. E foi fantástico. Normalmente não uso este espaço como "diário" e a análise costuma ser baseada no que acontece em campo. Desta vez, é impossível repetir a fórmula, por vários motivos.
Não sei exatamente quando nem porque comecei a gostar do Boca Júniors. Não sei se foram pelos títulos, pela camisa bonita e "pesada", pelos bons times da década de 90, pelos ídolos ou pela torcida. Comecei respeitando e rapidamente o respeito virou admiração.
Nesta quarta, finalmente pude ver um jogo do Boca. Na torcida do Boca. Realização de um sonho de criança estar no meio da "12", a temida e profissional torcida argentina. E tudo aquilo que sempre falaram a respeito da torcida azul y oro é verdade. É impressionante. É inesquecível.
O empate por 1 a 1 levou o Boca Júniors novamente à semifinal da competição mais importante do continente. Pouco para falar por jogo. Embriagado que estava pela sensação de estar me sentindo um deles. Cego pela ausência da lente de contato que ficou em Belo Horizonte. Pude ver um primeiro tempo com poucas emoções, com um Fluminense que dominava mas que chutou uma bola a gol além daquela falta de Carletto desviada logo no início e que estufou as rendes longe demais do que eu podia enxergar. Deu para notar um Boca com mais pegada e mais chegada no segundo tempo. Principalmente após a entrada de Mouché. Foi possível ver que a bola de Rivero acertou a trave, mas curiosamente logo depois dela todos já comemoravam na torcida argentina. Pareciam saber que Santiago Silva apareceria como um touro no meio da defesa para marcar o gol da classificação. Daí em diante eu não vi mais nada. E achei que ainda faltava muito jogo quando vi os jogadores correndo sem camisa na direção da torcida do Boca para agradecer o apoio.
A classificação foi justa. O Boca Júniors foi muito superior no primeiro jogo e só não abriu vantagem maior graças à atuação fantástica de Diego Cavalieri. Na segunda partida, embora os cariocas tenham tido maior controle, criaram poucas chances claras. O Boca de uma bola, foi o boca de uma bola. A de Riquelme, Erviti e Silva. A do gol e da classificação.
No dia em que fui um deles, o Boca Júniors "venceu". E a festa que entrou a madrugada no Engenhão enquanto a polícia dispersava a torcida adversária para que pudéssemos sair, não vai mais sair da memória.
Dale Bo!
Dale Bo!
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