Nem tão simples assim (Parte 2)

11 de janeiro de 2011. Neste dia, este blog tratou a contratação de Ronaldinho Gaúcho como a maior contratação da história do futebol brasileiro. Era. No mesmo espaço, tratei com o pé atrás que a questão merecia, afinal não era tão simples assim.

Um ano e quatro meses se passaram e o Gaúcho não vingou no Flamengo. Um modesto título estadual com pouco destaque. Raras partidas no nível em que atuou um dia. Muitas polêmicas fora do campo. Problemas e uma saída conturbada que deixará para o Flamengo uma dívida difícil de pagar.

Quando todos pareciam perder as esperanças com Ronaldinho, veio o Atlético-MG e o presidente Alexandre Kalil. Adepto da grife, o mandatário atleticano que já tinha tentado Adriano e Forlán viu no camisa 10 a chance de mais uma vez chamar a atenção para o seu clube. E de atender aos pedidos de Cuca por um articulador.

Ronaldinho Gaúcho é a maior contratação da história do Atlético (basta ver a repercussão da notícia nesta segunda-feira). Mas deixou em 2005 o rótulo de melhor jogador do mundo para tornar-se uma incógnita em 2012. É também, o maior risco da história do Atlético. Kalil gosta de viver perigosamente e normalmente não tem se dado bem nas apostas (Diego Souza, Luxemburgo, Jóbson...). Mas admiro sua coragem.

Fato é que Ronaldinho não é o que Cuca pensa e precisa (e ainda pode trazer ao treinador problemas extra-campo). Como articulador central no 4-2-3-1, Ronaldinho não foi bem no Flamengo nem na seleção brasileira. Falta ao meia participar mais do jogo, recuar para fazer a saída de bola, mobilidade para fugir da marcação. Como meia pela esquerda, bem próximo do atacante e do gol, Ronaldinho viveu seus lapsos nos últimos sete anos. Ali, pode ser decisivo em algumas partidas, encantar em outras (e tirar do promissor Bernard de sua posição ideal). Só.

Esperar regularidade e um bom custo x benefício de Ronaldinho Gaúcho é perder tempo. Eu não apostaria. Não mais.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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