Meio-campo forte define vitória gremista

Vindo de duas derrotas consecutivas, tanto Cruzeiro quanto Grêmio precisavam de um resultado positivo no Independência. Jogo que tinha novidades que devem ser importantes para os dois clubes na sequência da competição, mas que viu um ser mais decisivo. Borges teve estreia discreta no time mineiro. Já Elano, fez boa partida ao lado de Zé Roberto no time gremista.

Com problemas para escalar o time, Celso Roth saiu pela primeira vez do seu 4-2-3-1 preferido. Montou o Cruzeiro no 4-3-1-2 com dois atacantes mais fixos, pouca movimentação, enorme espaço entre os setores e um time estreito pela falta de bons laterais. O Cruzeiro abusava da bola longa com Tinga e Marcelo Oliveira muito recuados e com os laterais aproveitando pouco os espaços para atacar.

Mesmo assim, os mineiros conseguiam controlar o meio-campo com a marcação recuada deixando pouco espaço para os dois meias do 4-2-2-2 de Luxemburgo criarem. Elano e Zé Roberto não achavam espaços e o Cruzeiro conseguia ter mais a bola no campo ofensivo até Éverton vacilar pela primeira vez na marcação e Marcelo Moreno abrir o placar.

Daí em diante, o time de Roth desandou. E o de Luxemburgo mostrou a força do seu bom meio-campo para controlar e definir o jogo. Com toques curtos, buscando os espaços vazios, o Grêmio se aproveitava da desorganização do Cruzeiro. Éverton se perdeu nas vaias da torcida e deu imenso espaço por onde os gaúchos chegaram ao segundo gol ainda no primeiro tempo, com Kléber.

Na etapa final, as mudanças do técnico cruzeirense não surtiram efeito. O Cruzeiro seguia sem velocidade, errando muitos passes e apressando muito o jogo mesmo com um homem a mais (após a justa expulsão de Werley, ainda no primeiro tempo). As bolas cruzadas da intermediária para um inofensivo Wellington Paulista facilitaram o trabalho defensivo e consagraram Gilberto Silva, que fez ótima partida no comando do sistema defensivo gaúcho. Desorganização tamanha que permitiu ao Grêmio ampliar, novamente com Marcelo Moreno, em inacreditável contra-ataque que o meio celeste só assistiu.

Uma grande atuação coletiva do Grêmio contra uma pobre do Cruzeiro. Uma jornada difícil de avaliar, tão ruim foi o jogo para os donos da casa. O futuro celeste, no entanto, não é tão difícil de imaginar. É na parte de baixo da tabela, como tem sido falado constantemente neste espaço, embora ainda tenha reforços por estrear e espaço para melhorar. O contrário não pode ser dito do Grêmio, que aos trancos e barrancos já mostrou ter talento individual para chegar longe e pode crescer muito se Elano mantiver as boas atuações.

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Um comentário:

Lucas Duarte disse...

Bom dia,
foi um ótimo resultado para o Grêmio. O que está acontecendo com o Cruzeiro? Mesmo tendo um craque feito o Montillo, não conseguem organizar uma simples jogada.

Você realmente achou justa a expulsão do Werley? Se puder me explicar o pq, eu não consegui nem ver falta no lance.

Abraço!

Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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