Não foi um retorno brilhante. Esteve longe de ser uma partida memorável. Mas não podia passar sem o registro aqui no Marcação Cerrada.

Ontem, Romário entrou em campo novamente. Provavelmente, pela última vez (agora sim) na carreira.
Jogou 25 minutos com a camisa do América, no último jogo da segunda divisão do Campeonato Carioca. Pouco fez, mesmo que o campeão América tivesse dois jogadores a mais do que o modesto ArtSul e vencesse por 2 a 0. O mais perto que chegou de balançar as redes foi um distante chute por cobertura.
Não importa.
O objetivo de Romário não era fazer gols, ser brilhante como foi durante a carreira, dentro de campo.
Romário foi brilhante por cumprir uma promessa que fez ao seu pai, Seu Edevair, quando este ainda era vivo. Jogar uma partida oficial com a camisa do time do seu coração, o América.
Mais do que entrar em campo, Romário tem importante papel na reconstrução do histórico clube do Rio. Participa da montagem do elenco e, principalmente, na captação de recursos para o América voltar a ser um clube respeitável.
Mais um gol de placa do baixinho.
Romário parou mesmo. Aos 42 anos, o baixinho anunciou hoje que não joga mais futebol. Numa época de discursos prontos, excesso de boçais, muita hipocrisia e talento em escassez, Romário fará muita falta.
Foi genial. Tanto que ganhou o apelido do título do não menos cerebral Johan Cruyff. O Peixe fez 1002 gols. Foi artilheiro do Campeonato Carioca à Champions League. Ganhou uma Copa. Fez chover. Fez chorar. Fez sorrir. Romário fez arte com a bola nos pés.
Fará falta. Que todos façam festa e celebrem sempre que for possível o seu talento, a sua história, a sua genialidade.
E peço aos blogueiros que deixem aqui sua homenagem a Romário. Pode ser uma frase irreverente. Um gol. Uma grande jogada. O que você desejar. A minha lembrança vai para atuação de Romário em 1993, no Maracanã, na vitória de 2 a 0 sobre o Uruguai. Fez os dois gols, classificou a Seleção e, na minha opinião, escreveu a maior atuação de um centroavante na história do Maracanã.
Amém, Baixinho.
Retirado do blog do Lédio Carmona. Texto sensacional. Já falei muito sobre a aposentadoria do Baixinho por aqui, e por isso peguei uma opinião de outra pessoa para destacar a página final deste histórico jogador.
Romário anunciou, em entrevista ao jornal O Dia, do Rio de Janeiro, que encerrou a carreira como jogador de futebol. Já não tinha acabado? Precisava avisar? Algum garoto menos desavisado pode vir aqui e perguntar: quem é Romário?
Atitude corretíssima do atacante, que não entra em campo desde novembro do ano passado. Romário ficou para a história, ficou para os livros, ficou na memória de todos os torcedores do futebol brasileiro. Vai ser lembrado para sempre, não só pelo gol 1.000, mas por tudo que fez dentro de campo, com a camisa do Vasco, do Flamengo, do Barcelona, da Seleção Brasileira.
Dentro de campo, Romário sempre foi genial. Fora dele, nem sempre. Agora, deve tocar um projeto no Flamengo, já que não tem interesse em retornar ao Vasco. Com ele no "staff" qualquer time tem muito à ganhar.
A frase selecionada esta semana foi de escolha difícil. Fiquei entre os dois maiores gênios que vi em campo: Romário e Ronaldo. Como o segundo já foi motivo de post por aqui, deixo por conta do Baixinho. Envolvido em uma série de polêmicas nos últimos tempos, graças à saída do Vasco (a princípio pelo menos como treinador), Romário teve pelo menos uma boa notícia. Foi absolvido pelo STJD na denúncia de doping que tinha desde o ano passado. Ele não é mais jogador. Acho que já passou da hora de pendurar as chuteiras. Mas pra mim, nunca restou nenhuma dúvida quanto à inocência de Romário.
"Graças a Deus estou aliviado. Vim aqui para me limpar. Consegui salvar a minha honra. O Tribunal foi sensato. Sai vitorioso e estou feliz. Continuo sendo um cara limpo." - Romário, 14/02/2008.
A novela Romário continua dando pano para as mangas. Depois de deixar o comando do time vascaíno por causa da interferência do presidente Eurico Miranda em seu "trabalho", o jogador vem sendo disputado por Flamengo e Vasco para encerrar a sua carreira como "jogador de futebol". O Baixinho tem contrato com o clube da cruz de malta até 30 de março, mas depende de liberação do STJD para jogar, uma vez que está suspenso por doping. Deve ser liberado em julgamento na próxima terça-feira.
De toda forma, Romário parece tentado a aceitar uma proposta do Flamengo. Além de contratar o jogador para fazer alguns jogos de despedida, o clube rubro-negro quer utilizar Romário no futuro, como garoto-propaganda, como astro do canal de televisão, e também como manager na formação de novos talentos pelo mundo e divulgação da marca Flamengo. Um projeto ambicioso e muito interessante. Já o Vasco, parece que quer apenas que Romário faça mais alguns dois ou três jogos, e deixe de ser jogador de futebol. Depois, azar o dele.
Seja qual time ficar com Romário, fica a certeza de que não está fazendo um grande negócio. Romário já não é jogador há alguns anos. O retorno técnico, dentro de campo, é praticamente nulo. O Vasco, bagunçado como é, perde menos. Já o Flamengo, tem muito a perder, já que o time vem bem dentro de campo. O que me parece, é que a intenção do rubro-negro é apenas dar uma rasteira no rival, para mostrar ao mundo que o Baixinho torce mesmo para o clube da Gávea.
Outro jogador que acertou o retorno ao futebol brasileiro é o atacante Denilson. Ele vai jogar no Palmeiras até o fim do ano. O verdadeiro "rei do drible", promete mostrar-se um novo jogador. Segundo Denilson, ele agora é participativo, toca mais a bola, e só dribla para chegar ao gol. É um craque, não resta dúvidas. A habilidade de Denilson pode fazer o Palmeiras crescer, e muito. E pode fazer o jogador provar que é mesmo um bom atleta.
Por fim, fiquei surpreso com a notícia do acerto do atacante Sávio, ex-Flamengo e Real Madrid com a Desportiva, do Espírito Santo. O time que já disputou a Primeira Divisão, luta agora para conseguir uma vaga na Série C do Brasileirão. O projeto da Desportiva e também do jogador, que começou a carreira por lá, é desenvolver o futebol no estado, dando novamente visibilidade aos clubes de lá. Além de jogador, Sávio será também manager das categorias de base do clube. Um reforço muito importante, de outro grande ex-jogador em atividade.
Depois do Inter, agora é a vez do Vasco se aventurar em Dubai, para a disputa dos já famosos torneios de pré-temporada. O que o time cruz-maltino disputa, começou ontem, e tem muitas curiosidades. Primeiro que os adversários são mais fracos. Comparando-se à disputa vencida pelo Inter, seria como uma "Série B".
Ontem, na estréia, o Vasco foi mal. Acabou derrotado por 2 a 1 pelo Hamburgo, da Alemanha, time mais forte do torneio, que ainda não conta com Sorín, um dos melhores do elenco. Romário comandou o time do lado de fora. Nem sequer cogitou entrar em campo. Na primeira etapa, regido por Van der Vaart, o Hamburgo pressionou até abrir o marcador, aos 28 minutos. Pouco depois, o Vasco empatou a partida, graças à um gol contra do adversário. E teve chance para virar, desperdiçada por Wágner Diniz. Na segunda etapa, o que mais chamou a atenção foi a trapalhada de Luisão e Jorge Luiz, que vieram para campo com as camisas trocadas (o que eles estavam fazendo no vestiário?!) e tiveram que "destrocar" dentro do campo. A distração do time continuou dentro de campo, e o Hamburgo acabou chegando ao segundo gol com De Jong.
O mais interessante do torneio, porém, não está nos times, mas sim na fórmula de disputa. Além dos tradicionais pontos por vitória ou empate, uma maneira "extra" de somar pontos chama a atenção: a cada gol, o time soma mais um à sua conta. Estranho, mas bem interessante. É possível, portanto, uma equipe perder todos os jogos no campeonato e ser campeã. Seria como imaginar o América-RN fazendo 57 gols na última rodada do Brasileirão e vencendo o campeonato! Impossível, claro, porém, a fórmula permite este tipo de loucura.
Outra notícia hoje chama a atenção. O atacante Romário, mesmo com a derrota, teria sido convidado para ser "técnico-jogador" de um time dos Emirados Árabes. O jogador ainda não respondeu, mas ao que tudo indica, o Vasco pode perder uma peça muito "importante" para esta temporada. O dinheiro extra valeria a pena para o baixinho, em final de carreira. Além disso, o mais importante. Transferindo-se, Romário ficaria livre da suspensão por doping, ou seja, poderia fazer o que mais gosta: gols. É esperar para ver...