Nervosismo e derrota

No principal clássico do torneio, a seleção brasileira sub-20 comandada por Ney Franco experimentou situações que ainda não havia vivido no Sul-Americano até aqui. Saiu atrás no placar pela primeira vez e viu também a primeira derrota na competição.

Mas nem só de novidades viveu o time canarinho na derrota por 2 a 1 para os argentinos. Assim como na estreia, diante do Paraguai, os jogadores do Brasil mostraram nervosismo excessivo. Desta vez, porém, Neymar não esteve tão inspirado como no primeiro jogo para resolver a partida.

Os primeiros 10 minutos de jogo foram decisivos e definiram os rumos do jogo. Primeiro, porque o Brasil perdeu o capitão e referência da defesa Bruno Uvini, machucado (o jogador quebrou a perna e já voltou ao Brasil para fazer cirurgia, ficando de fora do resto da competição). Pouco depois, Juan agrediu o atacante Funes Morí, sem razão e sem sentido dentro da área. Expulsão, penalti e gol da Argentina.

Com um a menos, e nervoso em campo, o Brasil demorou para se encontrar em campo. Neymar chamou a responsabilidade, mas pecava pelo excesso de individualismo, querendo provocar os argentinos e gerar cartões para o adversário. E neste aspecto, pecava o árbitro, que pouco fez para coibir o excesso de faltas no atacante brasileiro.

Aos poucos, porém, por ser melhor tecnicamente, o Brasil se encontrou no jogo e passou a jogar melhor. Principalmente com Danilo (que fez sua melhor partida na competição) pelo lado direito, o time de Ney Franco criava boas oportunidades, mas não conseguia concluir em gol. Pressionada, a Argentina parou de buscar o jogo. Tentava segurar a bola e catimbar a partida.

O gol de empate saiu apenas no início do segundo tempo. Willian José, que não vinha bem na partida, conseguiu achar espaço na entrada da área para soltar uma bomba indefensável.

O jogo voltou a ficar truncado e equilibrado, com poucas chances. Até que Iturbe, o melhor da partida, arrancou com a bola aproveitando erro de Casemiro e fez o segundo gol dos argentinos. Daí em diante, pressão desorganizada do Brasil com poucas chances de empatar novamente a partida (excessão feita a falta muito bem cobrada por Casemiro, que por capricho acertou o travessão).

O Brasil perde pela primeira vez no torneio num momento onde vencer daria tranquilidade e praticamente garantiria a classificação aos Jogos Olímpicos. Mas não há motivos para se desesperar. Aliás, o momento é de buscar controle emocional para um time que parece sofrer com o nervosismo em excesso e com a responsabilidade de ser de longe a melhor equipe do torneio.

A próxima partida, promete uma "novidade" que pode complicar ainda mais a vida do time: Neymar, suspenso, fica fora. Sem ele, o Brasil já venceu o Equador (1 a 0, na primeira fase, quando Ney Franco usou time praticamente reserva). Agora, porém, as circunstâncias serão outras e um vacilo poderá ser fatal.

Nenhum comentário:

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter