Abraço e morte

O jogo era decisivo e fundamental, embora não parecesse. Diante de pouco mais de 700 pagantes, América e Atlético-MG entraram em campo para um jogo que poderia marcar a virada na competição. Vitória para qualquer um dos lados, daria ânimo e a chance de respirar. No fim, os dois resolveram se abraçar, e com apenas um ponto para cada lado ficaram ainda mais perto do rebaixamento.

O América, que vinha jogando o melhor futebol entre os mineiros embora faça a pior campanha, sentiu desfalques importantes. Luciano era um dos melhores do time nas últimas rodadas e não foi substituído com o mesmo nível por Rodriguinho. O mesmo serve para André Dias, que foi dispensado por questionar o técnico Givanildo de Oliveira, e viu Fábio Júnior apenas assistir ao jogo.

O Atlético foi mais contundente. Viu o adversário acuado e tentou pressionar. Jogava no campo ofensivo, tinha a bola, mas faltava qualidade e principalmente velocidade para tentar surpreender. O único que buscava algo diferente era o ótimo jovem Bernard que não encontrava companheiros na mesma sintonia.

Poucas foram as chances de gol. Para piorar, a arbitragem ainda errou duas vezes, em lances capitais. Na primeira, anulou gol legal de Leonardo Silva (à primeira vista, pareceu realmente falta em Neneca tanto que nenhum jogador do Atlético reclamou). Na segunda, deixou de marcar penalti de Anderson em Bernard (neste caso, o salto exagerado do meia atleticano induziu o árbitro a achar que não houve falta).

O empate sem gols não serviu para ninguém, pelo contrário. Provavelmente, serviu para os pouco mais de 700 pagantes se arrependerem.

O América é o lanterna e não mostra poder de reação. Só um milagre salva o Coelho.

E depois de fazer a última partida contra um adversário direto, o Galo se prepara para uma sequência muito difícil.

Se o objetivo de América e Atlético neste sábado era rebaixar o rival, provavelmente os dois tiveram um dia de muito sucesso. Pena que optaram por caírem juntos no buraco.

Abaixo, uma charge do amigo Paulo Afonso. Que ilustra bem o terrível momento do futebol mineiro neste dia das crianças...

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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