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Mineiros sem independência para ir ao estádio

Fevereiro de 2010. Roger estreou pelo Cruzeiro saindo do banco e resolvendo o clássico contra o Atlético-MG, que terminou com vitória celeste por 3 a 1. O jogo que ficou marcado pelo bem-humorado "flanelation" promovido pela torcida cruzeirense, marcou também a última vez que as torcidas rivais se encontraram em um estádio de futebol.


De lá para cá, oito clássicos jogados no interior (Arena do Jacaré e Parque do Sabiá). Todos com "torcida única". A expectativa era que a situação voltaria ao normal quando os jogos voltassem para Belo Horizonte. Ledo engano e doce ilusão. O jogo do próximo domingo não contará com a presença de nenhum torcedor do líder do Campeonato Brasileiro.

O Independência é um estádio complicado. As vias de acesso são poucas e apertadas. Evitar um confronto entre as torcidas seria missão difícil, mas não impossível. Assim é na Ilha do Retiro, no Pacaembu, na Vila Belmiro e diversos outros estádios Brasil afora. Vale lembrar que teoria da própria Polícia Militar de Minas Gerais garante que as grandes confusões acontecem em pontos distantes do entorno do estádio (ou pelo menos era o que diziam nos tempos de Mineirão).

Proibir é mais fácil que educar. Afastar é mais simples que cuidar. Perde o torcedor e perde o espetáculo. Tudo por conta de alguns poucos baderneiros (sim, eles são minoria) e de autoridades que preferem não assumir responsabilidade.

É a vitória da preguiça e da impunidade. Mudar a mentalidade é importante, mas só acontecerá com atitude enérgica das autoridades. O contrário é impedir, cada vez mais, que gente de bem frequente um local onde não há lei.

As belas cenas das "disputas" das torcidas nas arquibancadas está na memória de atleticanos e cruzeirenses. E parece que continuará apenas lá, bem longe dos estádios de Minas Gerais.

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Galo assume o controle

O fim de semana que começou com Ronaldinho se atrasando para a concentração e recebendo cobranças duras de Alexandre Kalil, terminou com o Atlético-MG mais líder do que nunca. A forma como o time dominou e controlou o vice-líder Vasco no Independência é a mesma com que ele tem lidado com a tabela do Campeonato Brasileiro. 15 jogos, 12 vitórias e só uma derrota. Irretocável.

Enquanto o Vasco negou espaços ao adversário, o Atlético negou o jogo. Adiantou a marcação, teve velocidade pelos lados e controlou o jogo do início ao fim. Raras foram as escapadas do Vasco que não conseguia segurar a bola no campo de ataque nem usar a velocidade de Éder Luís.

Faltava um pouco mais de capricho quando a bola chegava aos pés de Bernard, o melhor do primeiro tempo. Faltava um pouco mais de participação de Guilherme e Ronaldinho Gaúcho. Veio no segundo tempo, com o camisa 49 partindo pra jogadas individuais e abrindo mais espaços na defesa do Vasco, sobrecarregando Auremir.

O futebol intenso e moderno do Galo faz do time o líder isolado e justo do Campeonato Brasileiro. Com um jogo a menos, pode ampliar ainda mais a vantagem. Aos poucos, começa a dar pinta que pode desgarrar do grupo dos três primeiros a qualquer momento. Controlou um jogo cascudo e venceu com autoridade. Se controlar também os ânimos fora de campo, fica cada vez mais difícil imaginar que não sustentará a ótima campanha.

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Tudo que vai volta e o Galo comemora

Na quarta-feira o texto neste blog dizia que o trio de arbitragem esteve mais perto de parar o líder Atlético-MG que o Santos. Não conseguiu, mesmo anulando dois gols legais dos mineiros. As reclamações eram justas, embora sempre soem exageradas por motivo que explicarei no fim deste post. Hoje, o erro crucial mudou de lado. Eram 42 minutos do segundo tempo quando Fred recebeu em condição legal e teve gol mal anulado pelo árbitro no Engenhão.

O jogo era entre o líder e o terceiro colocado. O primeiro grande desafio do Galo, fora de casa diante de um adversário forte. O Fluminense com Deco e Fred também sabia que o jogo seria complicado. E a postura dos dois times foi digna de uma das várias decisões que o Campeonato Brasileiro proporciona neste formato.

O início nervoso do Atlético deu espaços para o Fluminense trabalhar no meio-campo com Thiago Neves circulando sem marcação do lado esquerdo, nas costas de Marcos Rocha. Os mineiros reclamavam demais da arbitragem, não se concentravam no jogo e não jogavam. Aos poucos, porém, Cuca deslocou Leandro Donizete para fazer a marcação no setor, o time encaixou e melhorou. Tinha menos a bola, mas não corria riscos e conseguia chegar bem mais uma vez nas bolas longas para Jô, que costumeiramente levava vantagem.

O panorama do jogo só mudava quando a bola chegava à Wellington Nem. No mano a mano com Júnior César, o atacante ganhou todos os lances. Mas não conseguia dar sequência por não encontrar companheiros na mesma sintonia. Deco foi muito bem marcado, Thiago Neves jogou mal e Fred levou vantagem poucas vezes sobre a dura e boa marcação de Leonardo Silva.

Equilibrado, o jogo mudou quando os técnicos precisaram mudar. Cuca trocou Danilinho e Bernard por Guilherme e Escudero. Não ficou com um time pior em campo. Mas perdeu características fundamentais para o sucesso do líder até aqui: a rápida recomposição e a bola longa pelos lados para contra-atacar. O Atlético não chegava mais e permitiu a Abel Braga ousar com Marcos Júnior e Wágner no time. A pressão era grande quando o lance decisivo foi mal interpretado pela arbitragem.

O empate foi bom para o Atlético que manteve a liderança e a vantagem para o segundo colocado. Mais do que isto, mostrou que pode enfrentar qualquer adversário na competição. Mostrou força, conjunto, qualidade. E "sorte", pois o erro a favor veio num jogo em que era fundamental somar pontos. O Fluminense deixa escapar a chance de encostar na briga pela primeira posição em jogo em que foi melhor, mas que sofreu com a partida apagada de peças importantes.

Sobre a reclamação, é sempre a mesma coisa. Quem tem o erro contra, chora. Quem tem a favor, se cala. Enquanto a postura não mudar, a arbitragem seguirá errando. Cada hora para um. Cada hora contra um. O silêncio de hoje, é o "mimimi" de amanhã. Serve como muleta e parece ser mais simples do que cobrar uma solução definitiva e a melhora na preparação dos árbitros. Enquanto a postura do favorecido não mudar, nada vai mudar.

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Bandeiras mais perto que o Santos de parar o Galo

Era difícil imaginar que o Santos na fase atual, e ainda sem Neymar e Ganso, seria capaz de interromper a fase incrível do Atlético-MG. Não foi. Mais uma vitória do líder isolado do Campeonato Brasileiro (a sétima seguida) confirmando a campanha quase perfeita até aqui. O Galo é o melhor time dentro e fora de casa, tem o melhor ataque e a melhor defesa. Incontestável.

Assim como a vitória de ontem. Desde o início da partida foi possível perceber que um time mantinha o controle sobre o outro sem se esforçar muito. No seu 4-2-3-1 padrão, o Atlético tinha Ronaldinho se movimentando bem para tentar escapar da marcação individual de Adriano, Serginho saindo bem para tentar achar espaço em um time que tentava apenas se defender e Marcos Rocha espetado dando muito trabalho para Léo. Com três volantes no meio-campo, o Santos voltou a ter enormes dificuldades. Arouca e Henrique não vivem grande fase, Felipe Anderson não consegue chamar a responsabilidade e só João Pedro chamou a atenção com boa movimentação no ataque (embora possa render mais como terceiro homem do meio-campo, como no início da carreira, melhorando a saída de bola e a chegada ao ataque).

Embora tivesse a bola, o Atlético demorou para achar o caminho do gol. Finalizava pouco até Danilinho abrir o placar, já no fim do primeiro tempo. Abusava da bola longa e alta para Jô, que até levava vantagem sobre os zagueiros mas conseguia dar sequência aos lances. Para desmontar a defesa santista, Marcos Rocha surpreendeu aparecendo do lado esquerdo para cruzar rasteiro para o artilheiro do time marcar o primeiro. Antes, Jô havia marcado gol legal, mal anulado pelo bandeira que marcou impedimento.

No segundo tempo o panorama seguiu o mesmo, embora o Galo conseguisse administrar ainda melhor a posse de bola com a vantagem no marcador. Muricy demonstrou a falta de confiança de sempre nos garotos do banco de reservas e não tentou mudar a forma de jogar do Peixe. E o Atlético ainda teve outro impedimento mal marcado em lance que Bernard balançou as redes antes de definir o placar. Marcos Rocha roubou de Léo, cruzou na cabeça de Leonardo Silva e no rebote Réver balançou as redes.

Vitória tranquila e sem sustos. A décima em 12 jogos. A sétima seguida. De time maduro, pronto para brigar pelo título. Mas que ainda aguarda um grande desafio. Domingo, fora de casa, contra o Fluminense, o Galo terá seu grande teste. Uma derrota não significará nada negativo. Mas um bom resultado, pode tirar o pé atrás que muitos ainda tem pelas campanhas do time em anos anteriores.

Com Neymar em grande fase, as coisas pareciam fáceis para Muricy no Santos. Em nenhum momento, se preocupou em fazer a equipe jogar. Se no ano passado o Campeonato Brasileiro foi diversão, neste ano a missão parece mais dura. E o técnico vai mostrando sua verdadeira cara. O futebol pune, cedo ou tarde.

Nem o Santos nem os erros da arbitragem conseguiram parar o líder. A missão do Fluminense será tão difícil quanto a do Galo no Engenhão.

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Sorte e competência caminham lado a lado no Galo

O Atlético consolidou a liderança do Campeonato Brasileiro com a quinta vitória consecutiva. A oitava, em dez jogos. Incrível aproveitamento de 83%. Alguma dose de sorte. Muitas de competência. Trabalho sério premiado com a ponta da tabela.

A competência de entender rapidamente o posicionamento do Internacional e espetar Bernard e Danilinho nas costas dos laterais gaúchos para controlar o jogo desde o início. A sorte de ver o adversário perder D'Alessandro em expulsão exagerada ainda no primeiro tempo, alguns minutos depois de Dagoberto merecer o cartão vermelho e não receber.

A competência para trabalhar a bola com paciência em busca do espaço vazio, rodando o jogo e assumindo quase 63% da posse de bola no primeiro tempo. A sorte de Guilherme, que bateu com a qualidade habitual e viu a bola acertar a trave e as costas do goleiro antes de entrar. No fim do primeiro tempo.

A competência de abrir o jogo pelos lados, criando chances e abrindo um adversário que não sabia como sair para tentar o empate. A sorte de ter um zagueiro que sabe marcar gols melhor que muitos atacantes. Leonardo Silva "substituiu" Jô e estava no lugar certo, na hora certa. Dois a zero e vantagem consolidada no Independência.

A competência para pisar no freio e acalmar o jogo com a vantagem no placar. A sorte de contar com Fillipe Soutto para melhorar novamente a marcação no meio-campo quando o Internacional diminuiu o placar e ameaçava crescer no jogo.

A competência para buscar contratações de peso como Ronaldinho Gaúcho, com salários astronômicos e fama mundial. A sorte de não precisar dele, que não consegue concluir uma jogada sequer.

O Atlético é líder do Campeonato Brasileiro de forma inquestionável. Teve a competência ao seu lado com a campanha quase irretocável. Teve a sorte de enfrentar um Internacional cheio de desfalques, obrigado a apostar ao mesmo tempo em vários garoto. E enquanto a dobradinha funcionar tão bem na Cidade do Galo, é difícil imaginar que o time deixe a posição atual.

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Com Ronaldinho coadjuvante, Galo mantém a liderança

A vitória sobre a Portuguesa manteve a boa fase do Atlético-MG jogando em casa e isolou o time na liderança do Campeonato Brasileiro. A estreia de Victor enche de esperança o torcedor que espera há anos por um título importante. Nas oito rodadas iniciais do Brasileirão, Ronaldinho chamou atenção mais fora do que dentro de campo. Mas o time de Cuca é notícia nos dois.

Mais uma vez no 4-2-3-1 com Bernard e Danilinho participando ativamente e ditando o ritmo do time, o Atlético começou em cima da Portuguesa. Fez o seu jogo, de velocidade e pressão. Já havia chegado duas vezes quando Marcos Rocha aproveitou saída de gol de Dida no melhor estilo Dida e chutou de fora da área para o gol vazio.

Com a vantagem, o time de Geninho se soltou. Os três ótimos volantes ocuparam o meio-campo, acharam os espaços no ataque com inteligência e fizeram o time jogar. Bernard e Danilinho voltavam muito para marcar e isolavam Jô e Ronaldinho à frente sem velocidade para contra-atacar. O sufoco só não fez desmoronar a vantagem porque Victor fez duas importantes defesas e porque faltou um pouco mais de capricho dos homens de frente da Lusa.

No intervalo Cuca corrigiu. Adiantou a marcação e tirou os espaços que os volantes da Portuguesa tinham para trabalhar, principalmente Guilherme. Voltou a controlar o jogo até em nova falha de Dida (e do bandeira), Leonardo Silva ampliar a vantagem.

Com 2 a 0, o Atlético voltou a mostrar a consistência defensiva, marca do início da campanha com apenas 3 gols sofridos até aqui. Deixava a Portuguesa ter a bola, sem ameaçar o gol atleticano nenhuma vez sequer. Geninho demorou para sacar um dos zagueiros desmontando seu 3-5-2 e viu seu time sair derrotado apesar de fazer boa partida.

Novamente o Galo precisou de detalhes para vencer. Hoje, foram as duas falhas de Dida. A questão é que além de aproveitar muito bem os erros dos adversários, o time de Cuca dá poucas brechas. Se defende bem e sabe utilizar o pequeno repertório ofensivo para marcar gols. A tendência, porém, é que o time tenha menos espaço para jogar em velocidade como gosta ao passo que mantém a boa campanha. E aí, Ronaldinho precisará ser mais do que um mero coadjuvante se o Galo não quiser deixar para trás o sonho de ser campeão. Ainda é cedo para apostar.
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Atlético chegou mais rápido e chegou em primeiro

O duelo entre Grêmio e Atlético-MG no Olímpico tinha vários ingredientes interessantes. Luxemburgo enfrentando mais uma vez o clube que quase levou ao rebaixamento. Ronaldinho encarando mais uma vez a ira da torcida gremista. E o confronto entre o passado e o futuro do goleiro Victor, anunciado como reforço atleticano na sexta-feira.

Com Zé Roberto no meio-campo, o Grêmio ganhava em qualidade e criatividade. Tinha o arco, faltava a flecha. Mais uma vez o time de Luxemburgo sofreu com a falta de velocidade e teve dificuldades para furar a muito bem montada defesa do Atlético.

A velocidade que faltava ao Grêmio, sobrava ao Galo. Danilinho e Bernard estão cada vez mais adaptados ao 4-2-3-1 proposto por Cuca. O primeiro, ajudando muito a marcação pelo lado direito, onde o improvisado Serginho mostrou muitas dificuldades principalmente no início do jogo. O segundo, cada vez mais agudo, é a grande revelação atleticana nos últimos anos. Depois de um início complicado, o Galo se acertou e já era melhor quando Bernard fez jogada de Ronaldinho Gaúcho nos melhores momentos da carreira antes de tocar para Jô marcar um golaço.

A desvantagem voltou a afetar o time do Grêmio. Que já era pouco criativo e passou a ser também nervoso. Errando passes demais, dando espaços demais. Só Kléber tentava fazer algo diferente, chamando o jogo como de costume, mas não encontrando um companheiro na mesma sintonia.

Na etapa final, Luxemburgo abriu seu time aos poucos. Primeiro com Rondinelly, depois com André Lima. Passou a jogar sem meio-campo, tentando esmagar o Atlético no campo defensivo. Mas não ameaçava o gol de Giovanni e dava espaços, que com um pouco mais de capricho de Jô, permitiria aos mineiros definir a vitória sem sustos. O Grêmio teve a bola, o Grêmio atacou, mas foram os visitantes que quase marcaram na etapa final.

A destacar ainda, mais uma arbitragem terrível de Paulo César Oliveira. Sem critério nos cartões, invertendo faltas, confuso. Fechou com chave de ouro ao expulsar o lateral esquerdo Anderson Pico por lance bobo com Pierre. Desagradou aos dois times.

O Galo volta à liderança e mostra força. Pode sofrer com o mesmo problema do rival Cruzeiro quando tornar-se alvo. É time que funciona melhor quando tem espaços para usar a velocidade dos meias e para Ronaldinho pensar as jogadas. Mas já fez mais pontos que no primeiro turno inteiro de 2011 e dá sinais que não deixará a torcida no sufoco desta vez.

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Ronaldinho faz Galo acreditar, não pelo que joga

O horário assombroso e o Pacaembu vazio pouco importavam. Era a estreia de Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Atlético-MG e isto bastava para que o jogo contra o Palmeiras chamasse a atenção. E se o número 49 não conseguiu superar as expectativas, o time de Cuca voltou a chamar a atenção pelo jogo coletivo e reassumiu provisoriamente a liderança do Campeonato Brasileiro.

Chamou a atenção mais uma vez a falta de alternativas do Palmeiras. Pobre com a bola nos pés e pouco veloz, o time voltou a depender das bolas paradas de Marcos Assunção. Muito pouco, para quem sonha com o título da Copa do Brasil e tem pela frente um Brasileirão difícil. Embora Valdívia não venha jogando bem, sem ele o time tem ainda menos ideias.

Com Ronaldinho na articulação central, o Atlético também não mudou muito em relação aos últimos jogos. Se saiu melhor quando Bernard pôde explorar sua velocidade pelo lado esquerdo. Saindo em diagonal, confundia a marcação de Cicinho e sobrava. Teve duas ótimas chances na cara do gol, mas voltou a falhar na hora de concluir.

Bem marcado por Márcio Araújo, Ronaldinho apareceu pouco. Dois bons passes no segundo tempo, quando o marcador já tinha cartão amarelo e o Palmeiras partia em busca do empate. Uma falta bem cobrada em meio a outras faltas e escanteios nas mãos do goleiro. Pouco para quem já foi o melhor jogador do mundo e recebe o maior salário do elenco. Pelo meio, longe do auge físico, normalmente Ronaldinho será presa fácil para marcações individuais. Pelo lado e mais perto do gol, pode receber mais vezes a bola em condições de decidir.

O gol do Galo não teve participação de Ronaldinho mas com grande jogada de Bernard para a cabeçada certeira de Jô. Dois gols em dois jogos e boas atuações podem garantir ao atacante um lugar entre os onze de Cuca. Com o Palmeiras aberto, faltou ao Atlético mais uma vez definir o marcador. Desta vez, porém, o juiz impediu que a vantagem fosse ampliada errando em duas marcações fundamentais.

As duas bolas que bateram no travessão contra o Bahia e afastaram os três pontos, jogaram a favor no Pacaembu. Marcos Assunção acertou a trave de Giovanni e não conseguiu levar o Palmeiras ao injusto empate.

O jogo coletivo é o que chama a atenção no Atlético. Ronaldinho não me parece capaz de fazer a equipe jogar mais e melhor. Mas já mostrou que com ele o time acredita que pode. Se não deve ser decisivo dentro de campo, o novo meia atleticano pode ser fator fundamental fora dele para um time que sempre parece desacreditar em si mesmo na hora de decidir.

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Sem Ronaldinho e sem inspiração

Na terceira rodada do Campeonato Brasileiro, Cuca ainda não pôde contar com Ronaldinho Gaúcho graças à manobra desnecessária da Federação Carioca, a qual não vou perder tempo comentando. Achei que o futebol brasileiro já havia ultrapassado esta fase. Sem ele, o Atlético-MG voltou a sofrer com os problemas que apresenta desde o início da temporada: a dificuldade de criar.

O Bahia entrou em campo com três homens avançados e muita movimentação, disposto a surpreender o então líder da competição. A partida começou quente mas não demorou para Falcão perceber que o esquema ousado causaria a morte rápida de seu time. Danilinho e Bernard levavam ampla vantagem sobre os laterais baianos e o Galo chegou pelo menos quatro vezes nos 10 primeiros minutos.

Coube ao time visitante o recuo para fechar os espaços e tentar escapar no contra-ataque. E sem espaços, o Atlético não conseguiu imprimir sua velocidade e sofreu. Abusou da bola longa buscando a referência do estreante Jô, bem pelo alto e com porte físico para fazer o pivô. Era a única jogada atleticana, que levantou quase 50 bolas na área durante o jogo, com pouco sucesso.

O gol logo no início do segundo tempo, com Jô batendo penalti a meu ver inexistente sobre Marcos Rocha, deu ao Galo o que precisava para manter o 100%: espaço. Aos poucos o Bahia se abria, principalmente após a entrada de Júnior, dando à equipe de Falcão a possibilidade de usar o mesmo expediente do Atlético para enganar a pouca criatividade. Mas a atuação indolente do trio de meias do Galo impediu que o time matasse o adversário com sua melhor arma, a velocidade. O castigo, veio com Fahel roubando bola, usando o pivô de Júnior e acertando um chutaço da intermediária. Ali, já era tarde para Cuca colocar velocidade no ataque para buscar algo diferente no Independência.

Cuca já confirmou que Ronaldinho jogará centralizado na armação do time. Com o passe qualificado, pode acionar a velocidade de Bernard e Danilinho e fazer o time jogar. Mas não o vejo em condições de participar ativamente do jogo, driblar e decidir jogando nesta posição. Se pode dar mais criatividade ao Galo, o meia poderá ser alvo fácil para a marcação num setor onde há muita gente. A tentativa é válida, e embora com o Gaúcho o time atleticano certamente melhore, corre um sério risco de seguir com pouca inspiração.

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Nem tão simples assim (Parte 2)

11 de janeiro de 2011. Neste dia, este blog tratou a contratação de Ronaldinho Gaúcho como a maior contratação da história do futebol brasileiro. Era. No mesmo espaço, tratei com o pé atrás que a questão merecia, afinal não era tão simples assim.

Um ano e quatro meses se passaram e o Gaúcho não vingou no Flamengo. Um modesto título estadual com pouco destaque. Raras partidas no nível em que atuou um dia. Muitas polêmicas fora do campo. Problemas e uma saída conturbada que deixará para o Flamengo uma dívida difícil de pagar.

Quando todos pareciam perder as esperanças com Ronaldinho, veio o Atlético-MG e o presidente Alexandre Kalil. Adepto da grife, o mandatário atleticano que já tinha tentado Adriano e Forlán viu no camisa 10 a chance de mais uma vez chamar a atenção para o seu clube. E de atender aos pedidos de Cuca por um articulador.

Ronaldinho Gaúcho é a maior contratação da história do Atlético (basta ver a repercussão da notícia nesta segunda-feira). Mas deixou em 2005 o rótulo de melhor jogador do mundo para tornar-se uma incógnita em 2012. É também, o maior risco da história do Atlético. Kalil gosta de viver perigosamente e normalmente não tem se dado bem nas apostas (Diego Souza, Luxemburgo, Jóbson...). Mas admiro sua coragem.

Fato é que Ronaldinho não é o que Cuca pensa e precisa (e ainda pode trazer ao treinador problemas extra-campo). Como articulador central no 4-2-3-1, Ronaldinho não foi bem no Flamengo nem na seleção brasileira. Falta ao meia participar mais do jogo, recuar para fazer a saída de bola, mobilidade para fugir da marcação. Como meia pela esquerda, bem próximo do atacante e do gol, Ronaldinho viveu seus lapsos nos últimos sete anos. Ali, pode ser decisivo em algumas partidas, encantar em outras (e tirar do promissor Bernard de sua posição ideal). Só.

Esperar regularidade e um bom custo x benefício de Ronaldinho Gaúcho é perder tempo. Eu não apostaria. Não mais.

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O justo título em um campeonato pouco empolgante

O Campeonato Mineiro de 2012 foi um retrato da campanha patética dos clubes mineiros na Série A do último Brasileirão. Nenhum clube do interior esboçou fazer frente aos times da capital, nenhum grande nome foi revelado e Atlético e Cruzeiro vão chegar a mais uma disputa nacional ainda sem a confiança de seus torcedores. O Galo, eliminado da Copa do Brasil pelo Goiás, escancarou a limitação técnica da competição voltando a conquistar o título de forma invicta, após 36 anos.

Hoje, no Independência, o Atlético confirmou a conquista com vitória categórica. Goleou o América por 3 a 0 sem dar a menor pinta de que deixaria escapar a conquista. Sobrou. No jogo e na competição. E voltou a dar a sua torcida algum motivo para esquecer a preocupação com o que vem pela frente.


Com muitos desfalques, Cuca escalou Mancini revezando com Guilherme como atacante no 4-2-3-1 que o time teve suas melhores atuações na temporada. A movimentação interessante dos dois fez a diferença e definiu a partida. Guilherme como "falso 9" recuava e Mancini ocupava o espaço no comando do ataque, prendendo os zagueiros americanos. Sem ninguém para vigiar o camisa 10 atleticano, ele fez o que já dava pinta de que seria capaz na primeira partida: resolveu.

O América até começou melhor na partida. Tocando melhor a bola e com Rodriguinho escapando da marcação de Pierre caindo pelos lados, o Coelho mantinha a posse embora não levasse perigo. E teve, aos 11 minutos, um penalti claro de Bernard em China, que descia para explorar os imensos espaços deixados por Richarlyson. Vuaden ignorou e o Coelho sentiu.

Daí em diante o Atlético encaixou a marcação e tomou conta do jogo. Nervoso, o América dava espaços no meio e marcava à distância. Serginho percebeu e carregou a bola por todo o campo antes de tocar para Guilherme, também livre, finalizar. O volante acompanhou a jogada, aproveitou o rebote e abriu o placar. Vantagem ampliada pouco depois em outra jogada que passou pelos pés de Guilherme antes de chegar à Bernard. O terceiro gol, já no segundo tempo, novamente com a jovem revelação (que já virou realidade), saiu quando o América já sabia que seria impossível reverter o placar.

O Galo passa o domingo comemorando e deve fazê-lo. Principalmente porque terá que começar a semana com uma preocupação. Assim como o Cruzeiro e o América, Cuca não tem um time pronto para o Brasileirão. O Campeonato Mineiro não serve nem para enganar e a Copa do Brasil deixou isto claro. Mesmo o campeão estadual, precisará melhorar muito para os desafios que estão por vir.

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Um tempo para cada, preocupação para ambos

8 de abril. Quatro meses depois do início da temporada, Atlético-MG e Cruzeiro tiveram o primeiro teste de verdade. Em meio a uma série de jogos nada representativos, os dois times tiveram pela primeira vez um adversário da Serie A quando ficaram frente a frente neste domingo.

O início do jogo escancarou o problema da falta de competitividade de ambos, que sobram no Campeonato Mineiro. Meios pouco participativos e distâncias abissais entre os setores. Muita bola longa e um jogo nervoso (reflexo da goleada por 6 a 1 do Cruzeiro na última rodada do Brasileirão) e franco (reflexo de dois times feitos para atacar).

Com melhor poder de marcação no meio e mais pegada, o Atlético não demorou para controlar o jogo. Pelos lados, levava ampla vantagem sobre a defesa celeste. Principalmente pela direita, onde Richarlyson e Bernard faziam 2 contra 1 contra Marcos a todo instante. Com Guilherme se movimentando de maneira inteligente e fugindo da marcação de Leandro Guerreiro, o Galo criou chances. Até Danilinho, mal no jogo e mal marcado por Diego Renan, "decidir" nas duas vezes em que apareceu na área do Cruzeiro. Na primeira, cruzamento perfeito de Richarlyson e gol de cabeça. Na segunda, tirando de Fábio após passe genial de Guilherme para André concluir para o gol vazio.

Com a vantagem no placar, o Atlético acreditou ter o jogo na mão. Os espaços que já eram oferecidos pela já tão falada falta de combatividade do meio-campo do Cruzeiro ficariam ainda mais generosos. Mancini mexeu no óbvio: Roger no meio-campo, desfazendo o 4-3-3.

Com mais gente no meio-campo, o Cruzeiro cresceu. Muito na base física. Bernard, voltando de contusão após dois meses, continuou levando vantagem sobre Diego Renan (que foi para a direita com a entrada de Éverton), mas não conseguia recompor o meio. Fillipe Soutto, outro que não vem atuando com regularidade na temporada, caiu o ritmo. Com Roger participativo (até demais, já que merecia ser expulso por cotovelada desleal em Danilinho), o Cruzeiro dominou o meio e controlou o jogo.

Mesmo sem jogar bem, o time celeste começou a encontrar espaços que o Atlético já tinha mostrado em outros jogos. Erros repetidos assim como o de Renan Ribeiro, no gol marcado por Anselmo Ramón. Quando o atacante celeste marcou o segundo, era claro que o Galo precisava reoxigenar o meio para tentar controlar novamente a partida. Não o fez, levou o empate e após a expulsão de Pierre poderia ter visto uma vitória certa tornar-se um revés doloroso.

Na primeira prova de 2012, Atlético e Cruzeiro provaram que precisam "estudar mais". Competitividade, aproximação dos setores, controle da posse de bola, serão fundamentais para que os times possam de fato evoluir. A enganação chamada Campeonato Mineiro está perto do fim. E os sustos no Campeonato Brasileiro deste ano podem ser ainda mais preocupantes para os dois.

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Falta muito para avaliar mineiros

Ainda falta praticamente um terço da primeira fase do Campeonato Mineiro. Atlético, Cruzeiro e América já estão virtualmente classificados para a semifinal. O Galo jogou 7 vezes e venceu todas elas. O América jogou 7 vezes e só perdeu para o rival que mantém 100% de aproveitamento. E o Cruzeiro dos 7 jogos tropeçou apenas na estreia, contra o Guarani (única vitória de um time do interior sobre os da capital em 19 jogos).

O nível técnico decepcionante do Campeonato Mineiro, impede uma avaliação verdadeira sobre o início de ano de Cruzeiro e Atlético. Depois de passarem por um sufoco para conseguir a manutenção na Série A do Brasileirão, ambos mudaram pouco mas já começam a enganar os torcedores com os resultados no estadual.

Hoje o Atlético ganhou mais uma. De virada, de novo. Mostrou poder de reação quando o Villa Nova estava satisfeito com 1 a 0 e abdicou do ataque (salvo engano não finalizando nenhuma vez a gol nos 30 primeiros minutos do segundo tempo). Cuca outra vez abusou dos homens de frente terminando o jogo com Wesley, Neto Berola, Guilherme e André. Achou o resultado mais no abafa e contando com a velocidade de Berola pela esquerda onde o Villa deixava espaços no péssimo gramado do Castor Cifuentes.

Hoje o Cruzeiro goleou de novo. Contra uma Caldense pouco ameaçadora, ainda passou 60 minutos com um jogador a mais. Resultado: pôde terminar a partida com Élber, Montillo, Anselmo Ramón, Wellington Paulista e Walyson em campo e venceu por 5 a 0 sem sustos.

O Galo é um time que morde mais, com Pierre e Leandro Donizete no meio. Mas ainda sofre com a falta de um meia que chame a responsabilidade e controle o ritmo do time para fazê-lo funcionar. E embora Guilherme venha crescendo de produção, o poder de definição ainda parece pequeno.

O Cruzeiro é um time pouco competitivo. Que assiste demais o adversário e dá espaços. Mas não leva gols há cinco jogos, graças ao pouco poder ofensivo dos rivais. Mas tem na qualidade de Montillo e na velocidade de Walyson condições de definir uma partida complicada. Eles dois podem fazer algo que Wellington Paulista e Anselmo Ramón provaram no último ano não serem capazes, embora pareçam arrebatadores nos primeiros meses de 2012.

Juntos, me parece que Cruzeiro e Atlético poderiam formar um grande time. "Cada um por si", ainda é cedo para avaliar. Graças a pouca qualidade do enfadonho Campeonato Mineiro. Não se deixem enganar por ele.

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Quadro Negro - Atlético-MG

O técnico Cuca testou algo pouco comum nos times brasileiros no Atlético-MG. O 4-4-2 britânico em linhas porém, não funcionou bem. Talvez pelo pouco tempo de treino, talvez pela pouca adaptação dos jogadores brasileiros ao esquema.

De toda forma, com ousadia e muitos atacantes no segundo tempo o Galo conseguiu bater o Nacional de Nova Serrana e seguir 100% no Campeonato Mineiro.

A análise tática do time atleticano você vê no Quadro Negro clicando aqui.

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Era pra ser o primeiro teste

O Campeonato Mineiro de 2012 está entre os mais fracos tecnicamente dos últimos anos. Os times do interior não conseguem chamar a atenção e mesmo com as equipes da capital enfraquecidas após a campanha ruim da última temporada, raramente conseguem fazer frente. Num desperdício de tempo e jogos, raras são as partidas que servem para avaliar os times. O clássico entre Atlético e América seria uma delas. Seria, não fosse um exagero do árbitro que prejudicou qualquer avaliação mais profunda.

Mesmo sob calor escaldante em Sete Lagoas, o Atlético começou com o ritmo acelerado que caracterizam os times de Cuca. Muita velocidade pela esquerda com Richarlyson apoiando com frequência e pela direita com Neto Berola levando vantagem na velocidade. Jogadas sempre carimbadas por Escudero, que assumiu o posto de comandante do time dentro de campo e participa de todas as ações ofensivas.

O Galo pressionou nos primeiros 15 minutos e desperdiçou chances importantes até que o América encaixasse a marcação com Rodrigo Heffner ficando mais fixo e Leandro Ferreira atuando plantado à frente da defesa. Moisés que fez grande partida tanto desarmando quando chegando ao ataque, era quem conduzia o time que equilibrou as ações. Aos poucos, o Coelho conseguia atrapalhar a saída de bola do Atlético (que tem os volantes muito distantes dos meias) e incomodar os laterais com Luciano e Ademílson bem abertos pelos lados.

A partida perdeu um pouco de velocidade mas seguia intensa e equilibrada até que Leandro Ferreira chegou atrasado e com força excessiva em Richarlyson. Lance para amarelo, mas o inexperiente juiz preferiu dar uma demonstração de força expulsando o jogador. Prejudicou o América, prejudicou o jogo, prejudicou a avaliação.

Ainda no primeiro tempo Givanildo reorganizou o América no 4-4-1 com Rodriguinho e Kaio abertos pelos lados dando velocidade e encostando em Fábio Júnior. Mesmo com um a menos, o América conseguia equilibrar o jogo. O time de Cuca tinha mais a bola mas faltava poder de decisão. Foi um time que rondou a área o tempo todo mas raramente concluiu. Sem Pierre (substituído no intervalo), ainda voltou a dar os espaços que deixavam a zaga exposta no início do ano passado. Com imenso espaço na entrada da área, Rodriguinho achou Moisés, que achou Fábio Júnior e abriu o placar.

Valente mas cansado, o América arrefeceu. Recuou as linhas e abandonou de vez o ataque. Permitiu ao Atlético assumir o controle definitivo do jogo e sufocar, ainda sofrendo com o mesmo problema. Cuca abriu o time com Guilherme no lugar de Richarlyson e o jogador que havia acabado de entrar mesmo sem ritmo era quem tentava fazer diferente. Logo no primeiro lance, definiu a jogada e quase marcou em chute de longa distância. Só no abafa, sem organização, o Atlético achou dois gols. Primeiro com Guilherme, depois com Marcos Rocha. Virada que valeu ao time a liderança, a manutenção do aproveitamento perfeito mas que deixa claro que o time ainda precisa evoluir muito para competir em alto nível.

Fica a lamentação justa para o América pelo jogo que poderia lhe oferecer sorte melhor com 11 jogadores. Fica a lamentação de todos que as equipes não puderam ser testadas como deveriam. Fica a impressão que em Minas, o Cruzeiro ainda está um passo atrás dos seus dois concorrentes.

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Para fazer valer a pena

O contrato comercial feito pelo Atlético-MG com a BWA para exploração do Independência e hoje aprovado pela Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais tem a marca do presidente Alexandre Kalil desde que assumiu a presidência do Galo: ousado, inovador e arriscado. Se vai se tornar a redenção financeira do clube nos próximos anos e será, de fato, uma "tacada de mestre" só o tempo e a atuação do Atlético no negócio dirão.

Fazer de um estádio de futebol um negócio lucrativo no Brasil não é tarefa fácil e só agora começa a tornar-se uma realidade. Alavancado pelo São Paulo, que faz do Morumbi atualmente a sua principal fonte de renda. É preciso observar, porém, que o ponto alto do estádio paulista se dá nos grandes shows/eventos que normalmente não chegam à capital mineira (talvez pela ausência de um espaço adequado).

O Botafogo, "dono" do Engenhão, demorou para encontrar alternativas e ainda caminha a passos de tartaruga. Depois de prejuízo nos dois primeiros anos comandando o estádio, enxugou os custos em aproximadamente 150 mil reais mensais, abriu a porta para shows de grande porte e conta ainda com a atuação dos outros enquanto o Maracanã segue em obras para o Mundial. Após a reabertura do maior estádio da cidade, a receita pode cair de forma considerável. Hoje, dono de 100% de toda a renda no estádio, o Botafogo prevê lucro anual na faixa de 8 a 12 milhões de reais para 2012.

O acordo do Atlético com a BWA prevê 45% da arrecadação para o clube mineiro. Parcela pequena, mas que pode ser importante. É importante que o clube saiba, porém, que a receita de jogos é parte pouco considerável no processo, ainda mais considerando-se a parcela que ele detém. Viabilizar grandes eventos, vender camarotes, associar o estádio a marcas importantes é o que vai trazer ao Galo dinheiro suficiente para fazer o acordo valer a pena. Para isto, precisará investir e trabalhar o setor de marketing, até então totalmente desvalorizado na gestão Alexandre Kalil.

É importante ainda, que a torcida tenha consciência das mudanças que a nova gestão vai acarretar no acanhado Independência. Com 25 mil lugares disponíveis, o Atlético terá como capacidade máxima o que muitas vezes sua enorme e apaixonada torcida teve como presença média. O ingresso certamente sofrerá aumento nos preços e um projeto bem montado para sócio-torcedor poderá trazer grandes benefícios para associados e clubes.

São muitos fatores para afirmar que o acordo Atlético-BWA é bom ou ruim para o clube. Como disse no início do texto, só o tempo dirá. A reabertura do Mineirão e a forma como o principal estádio da cidade será gerido também influenciará diretamente na questão.

Fato é que enquanto o rival engatinha sobre as dívidas e segue fazendo da venda de seus principais jogadores sua principal fonte de receita, o Atlético corre atrás de opções para tornar-se viável e ainda mais lucrativo. Dando certo ou errado, a coragem de Alexandre Kalil mais um vez precisa ser destacada.

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A primeira impressão durou 40 minutos

A última impressão deixada pelo time do Atlético-MG em 2011 foi a pior possível. A goleada por 6 a 1 para o Cruzeiro salvou o rival do rebaixamento e ainda causa reflexos, principalmente para a torcida. Que protestou com justiça antes, durante e depois da partida escolhendo como principais alvos o goleiro Renan Ribeiro, o zagueiro Réver e o lateral esquerdo Richarlyson.

Apagar da memória do atleticano as dores do último dezembro será impossível para o elenco. Mas começar deixando a melhor impressão possível era fundamental para aliviar um pouco a tensão. No 4-2-3-1 de Cuca que teve Guilherme na vaga de Danilinho por precaução, o Galo deixou uma boa mostra do que vem pela frente.

Os primeiros 40 minutos contra um Boa fechado e com pouca qualidade para sair para o ataque foram de bom futebol. Movimentação intensa dos três meias, com Bernard variando pelos dois lados e Guilherme e Escudero aparecendo ora pela esquerda, ora pelo centro. O apoio vinha ainda pela direita com Carlos César, cheio de liberdade, suportado pelo estreante Leandro Donizete. Foi dele a jogada e o cruzamento perfeito para André abrir o placar. Pouco depois, Escudero fez boa jogada e Bernard teve a tranquilidade que faltou na temporada passada para balançar as redes pela primeira vez como profissional.

O 2 a 0 liquidou a fatura ainda no primeiro tempo. O Boa deixou claro desde o início que não ameaçaria a vitória atleticana. Com Radamés, volante limitado que surgiu no Fluminense, como principal alternativa de armação, o time sofreu. Criou algumas chances pouco claras e não exigiu nenhuma defesa de Renan Ribeiro. E como a temporada ainda está no início, o Galo pisou no freio mesmo que as substituições de Cuca visassem dar velocidade ao time.

Nos estaduais, é preciso cuidado com os parâmetros. O Atlético que fez bons 40 minutos mostrou que tem tudo para ser um time de velocidade e movimentação intensa na frente. Mas que pode sofrer quando precisar reduzir o ritmo e achar espaços contra adversários bem fechados. E o Boa, que vai precisar melhorar muito para disputar a Série B sem dar vexame, pode surpreender contra os pequenos e brigar pela quarta vaga nas semifinais. Todo cuidado nas afirmações é pouco. Ainda mais sendo ainda a primeira rodada.

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Pré-temporada: Atlético-MG

Hoje é a vez do Atlético-MG na Pré-Temporada do Marcação Cerrada. O time de Cuca manteve a base de 2011 mas até agora não abalou o mercado com grandes contratações como nas últimas temporadas.

A análise da montagem do elenco do Galo para 2012 você confere clicando aqui.

Veja os outros times que já passaram pela Pré-Temporada do Marcação:

- Atlético-GO

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SMCCB - Dedé e Réver

A dupla de zaga da Seleção Marcação Cerrada do Campeonato Brasileiro é experiente. Os dois já tiveram passagem em anos anteriores.

Dedé estava na seleção de 2010. Consegue o bi e se mantém no topo. Venceu com folga e liderou a disputa desde o início. Pelo vice-campeão, fez gols, marcou e foi o destaque do time durante a competição.

Réver é o zagueiro mais presente na história da Seleção. Esteve em 2008, 2009 e volta em 2011. Travou disputa apertada com Rhodolfo, mas acabou ficando com a vaga. Mostrou segurança na zaga alvinegra e cresceu de produção ao longo do Campeonato (esquecendo-se o fatídico jogo final com atuação abaixo da crítica).

Quem foram os dois melhores zagueiros do Campeonato Brasileiro?
Antônio Carlos (Botafogo)

4,00% (2 votos)
Dedé (Vasco)

28,00% (14 votos)
Emerson (Coritiba)

8,00% (4 votos)
Jéci (Coritiba)

2,00% (1 voto)
João Filipe (São Paulo)

4,00% (2 votos)
Leandro Castán (Corinthians)

10,00% (5 votos)
Paulo André (Corinthians)

6,00% (3 votos)
Réver (Atlético-MG)

18,00% (9 votos)
Rhodolfo (São Paulo)

16,00% (8 votos)
Rodrigo Moledo (Internacional)

4,00% (2 votos)
Total: 50 votos

Agora a Seleção Marcação Cerrada do Campeonato Brasileiro 2011 já tem seu sistema defensivo definido. Veja como ficou:

1 - Fernando Prass (Vasco)
2 - Mário Fernandes (Grêmio)
3 - Dedé (Vasco)
4 - Réver (Atlético-MG)
6 - Cortês (Botafogo)

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Campeão, e daí?!

O "modelo Barcelona" é cada vez mais exaltado. Time forte, qualificado, jogo interessante. Muitos jogadores das categorias de base. Tudo é muito bonito e chama a atenção. Mas nem de longe, os clubes brasileiros estão perto de começar a pensar como o Barcelona. Uma pena.

Basta uma rápida olhada nos 20 times bases da Série A. Só os "extra-série" são titulares de sua equipe. Raros são os casos de jogadores trabalhados para entrar no momento certo em seus times. No Brasil, a cultura da compra ainda é, de longe, a preferida. As categorias de base não revelam, os times gastam muito e até a seleção sofre. Efeito dominó. Em Minas, os títulos (por mais incrível que possa parecer) escancaram ainda mais a situação.

Ontem o América foi campeão brasileiro sub-20. Venceu o Fluminense nos instantes finais por 2 a 1 e ficou com o título que provavelmente não poderá defender em 2012, já que o profissional foi rebaixado à Série B. Curioso, não?!

Vi pouco do América na competição. Alguns instantes de alguns jogos e quase toda a final. Não dá para avaliar ninguém com clareza. Mas causa estranhamento perceber que nenhum jogador salta aos olhos no time que acaba de vencer um campeonato. A explicação é simples: assim como diversos outros times, o América montou uma equipe para ganhar, não para revelar. A inversão total de valores é o que faz com que os times revelem cada vez menos.

O melhor jogador do time de base americano (e também melhor do Campeonato) foi o goleiro Matheus. Deve ser alçado ao elenco profissional, mas difilmente ganhará oportunidade já que o clube renovou o contrato do experiente Neneca. De resto, um time forte, brigador, bom na bola parada, mas com pouco potencial técnico.

Fato parecido se passa com o Atlético, que venceu a Taça BH de Futebol Júnior deste ano. O destaque do time, foi Bernard, que já atuava há algum tempo no time profissional. Depois do título, nenhum outro jogador foi aproveitado no elenco por Cuca. Um desperdício.

O Cruzeiro é outro que passa por processo parecido. Um dos maiores vencedores das categorias de base no país nos últimos anos, atrás apenas do Internacional, pouco consegue colocar jogadores no seu time principal. A safra de goleiros é incrível, mas Rafael, Douglas e Gabriel dificilmente terão espaço no time que tem Fábio como ídolo quase intocável. No Campeonato Brasileiro Sub-20, o Cruzeiro preferiu "descer" os já profissionais Éber, Élber e Sebá ao invés de tentar revelar e dar maturidade a novos garotos. A escolha clara foi pela tentativa de título, que acabou não vindo ao perder para o América.

A questão é simples. O Barcelona aposta em elenco enxuto e que abre espaço para os garotos. Que não são alçados de qualquer maneira ao time principal e muito menos ao time titular. Thiago Alcântara, que é a grande revelação desta temporada, "já" tem 21 anos. Vem sendo preparado e ganhando minutos de jogo há duas temporadas. Xavi, só virou titular do time aos 24.

No Brasil, os garotos raramente tem espaço nos inchados elencos profissionais. Normalmente, só entram em campo quando o time está em crise ou não há nenhuma outra alternativa. Entram em campo novos, sob pressão e são queimados. Não há trabalho de revelação e sim de cremação de jovens com potencial.

E é esta a questão do título do post, que precisa passar por reflexão. O América foi campeão brasileiro sub-20, mas está rebaixado para a Série B. Será que vale a pena?

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Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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