Ronaldinho faz Galo acreditar, não pelo que joga

O horário assombroso e o Pacaembu vazio pouco importavam. Era a estreia de Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Atlético-MG e isto bastava para que o jogo contra o Palmeiras chamasse a atenção. E se o número 49 não conseguiu superar as expectativas, o time de Cuca voltou a chamar a atenção pelo jogo coletivo e reassumiu provisoriamente a liderança do Campeonato Brasileiro.

Chamou a atenção mais uma vez a falta de alternativas do Palmeiras. Pobre com a bola nos pés e pouco veloz, o time voltou a depender das bolas paradas de Marcos Assunção. Muito pouco, para quem sonha com o título da Copa do Brasil e tem pela frente um Brasileirão difícil. Embora Valdívia não venha jogando bem, sem ele o time tem ainda menos ideias.

Com Ronaldinho na articulação central, o Atlético também não mudou muito em relação aos últimos jogos. Se saiu melhor quando Bernard pôde explorar sua velocidade pelo lado esquerdo. Saindo em diagonal, confundia a marcação de Cicinho e sobrava. Teve duas ótimas chances na cara do gol, mas voltou a falhar na hora de concluir.

Bem marcado por Márcio Araújo, Ronaldinho apareceu pouco. Dois bons passes no segundo tempo, quando o marcador já tinha cartão amarelo e o Palmeiras partia em busca do empate. Uma falta bem cobrada em meio a outras faltas e escanteios nas mãos do goleiro. Pouco para quem já foi o melhor jogador do mundo e recebe o maior salário do elenco. Pelo meio, longe do auge físico, normalmente Ronaldinho será presa fácil para marcações individuais. Pelo lado e mais perto do gol, pode receber mais vezes a bola em condições de decidir.

O gol do Galo não teve participação de Ronaldinho mas com grande jogada de Bernard para a cabeçada certeira de Jô. Dois gols em dois jogos e boas atuações podem garantir ao atacante um lugar entre os onze de Cuca. Com o Palmeiras aberto, faltou ao Atlético mais uma vez definir o marcador. Desta vez, porém, o juiz impediu que a vantagem fosse ampliada errando em duas marcações fundamentais.

As duas bolas que bateram no travessão contra o Bahia e afastaram os três pontos, jogaram a favor no Pacaembu. Marcos Assunção acertou a trave de Giovanni e não conseguiu levar o Palmeiras ao injusto empate.

O jogo coletivo é o que chama a atenção no Atlético. Ronaldinho não me parece capaz de fazer a equipe jogar mais e melhor. Mas já mostrou que com ele o time acredita que pode. Se não deve ser decisivo dentro de campo, o novo meia atleticano pode ser fator fundamental fora dele para um time que sempre parece desacreditar em si mesmo na hora de decidir.

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