Brasil mostra amadurecimento. E Neymar.

Depois de enfrentar um Egito que jogou e deixou jogar, o Brasil precisava de um desafio diferente nos Jogos Olímpicos. Teve contra a Bielorrússia, semifinalista do último europeu sub-21 e que tem time alto, forte e de boa qualidade técnica. Jogo difícil e que serviu para mostrar o amadurecimento do time de Mano Menezes, cada vez mais forte na briga pelo ouro.

A proposta da Bielorrússia era clara. Marcar forte, da intermediária para trás. Valorizar a posse e sair em blocos para tentar surpreender. Foi o que conseguiram logo no início de jogo, após troca de passes inteligente que encontrou o brasileiro naturalizado Renan Bressan livre porque Rafael não fechou a marcação. Vantagem no placar e possibilidade ainda maior de se fechar.

Num 5-3-1-1 que isolava Kornilenko à frente, os europeus se fecharam em 10 metros de campo. Duas linhas compactas que negavam espaços ao Brasil. Mesmo sem o mesmo brilho da estreia, o quarteto ofensivo (desta vez com Pato na vaga de Damião) soube procurar os espaços com paciência. Troca de passes de um lado para outro e a jogada diferente de Neymar para achar Alexandre em condições de empatar de cabeça.

O empate não mudou o panorama do jogo que tinha o Brasil atacando com seus quatro homens de frente, os dois laterais e Sandro mas criando pouco. Quem mais buscava o jogo era Hulk, em tarde pouco inspirada e carente de companhia pelo lado direito. Jogo que só mudaria na etapa final.

E mudou porque Neymar resolveu jogar. Chamou a responsabilidade e deixou o lado esquerdo do campo. Se movimentando mais, o atacante do Santos encontrou espaços para desarticular um pouco o bem montado time bielorrusso. Na primeira falta que sofreu na entrada da área, Hulk acertou a barreira. Na segunda, ele mesmo cobrou com perfeição. A vantagem deu tempo para o Brasil trabalhar a bola sem pressa e achar espaços com Neymar. Já no fim, uma arrancada fenomenal terminou com passe para Oscar definir o marcador.

A vitória mostra maturidade de um time que teve que reverter uma situação adversa difícil. Um adversário forte, fechado e com vantagem no placar é um teste importante. O Brasil não teve brilho coletivo mas soube controlar o jogo, não se desorganizar e vencer. E mostrou Neymar. Se assumir o protagonismo que dele se espera, o jovem pode levar o time ao ouro. Não é responsabilidade só dele, como não deveria ser no Santos. Mas é um alento e uma arma fundamental, que pode e fará toda a diferença.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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