Este seria meu grito, se estivesse no lugar de Adilson Batista, ontem, no comando do Cruzeiro. Direcionaria os gritos para a torcida, que voltou a pegar no pé do treinador, no clássico contra o Atlético-MG. Antes de chegar aos motivos, é preciso contar a história do jogo.
O Cruzeiro começou com ritmo alucinante. Sufocou o rival, que não conseguia passar do meio-campo. Foram 5 escanteios nos primeiros minutos de jogo. E o Atlético não conseguia trocar mais do que 3 passes seguidos.
Porém, não era possível manter este ritmo durante 90 minutos. O Cruzeiro afrouxou a marcação na saída de bola e o Galo conseguiu ganhar terreno. Mas não conseguia chegar. Os dois laterais eram improdutivos ofensivamente e as principais armas, Danilinho e Petkovic, estavam muito bem marcados por Marquinhos Paraná e Fabricio.
No Cruzeiro, a principal arma era Jadílson. O lateral deixou sem rumo o lateral direito atleticano Mariano. Com a ajuda de Wágner, fazia o Cruzeiro chegar constantemente à área atleticana. Mas faltava um bom finalizador. Aos poucos, também, ficou mais difícil chegar por ali. O Cruzeiro era previsível. Não tinha lateral direito, já que Marquinhos Paraná fora deslocado para o setor esquerdo da defesa, já que Danilinho jogada por ali.
Quando parecia que o gol do Cruzeiro era questão de tempo o Atlético chegou. Falha de Charles e Espinoza (apenas uma das inúmeras do zagueiro), Danilinho aproveitou e abriu o placar. Festa atleticana, que durou pouco. Apenas 3 minutos depois o Cruzeiro empatou com Thiago Martinelli, o melhor em campo. E poderia ter virado, não fosse o chute fraco de Fabinho, que Édson defendeu fácil. Foi a gota d´água para a torcida, que pediu Jajá.
As duas equipes voltaram iguais para o segundo tempo. Mas o jogo voltou diferente. Moroso. Chato. Sem emoção. Alexandre Gallo resolveu tentar o gol. Sacou um lateral, um meia e um atacante e colocou três homens de frente. Almir seria um armador que chegava ao ataque, Castillo o centro-avante e Marques o ponta, pela esquerda. E assim, o time do Atlético-MG tentava explorar o lado direito do Cruzeiro, que não tinha ninguém. Adilson também mexeu. Sacou Fabinho e colocou Gérson Magrão, que entrou muito mal na partida. Sobrou vontade e passes errados. Depois, tirou o ótimo Jadílson para colocar o lateral direito Jonathan. Gritos de "burro" foi o que mais amistoso ouviu da torcida.
Torcida que não conseguiu enxergar o jogo. O lado esquerdo do Cruzeiro estava muito bem marcado. Jadilson estava cansado. E o Atlético tinha muito espaço pelo lado direito celeste, com Marques e Renan. Com Jonathan no time, o Cruzeiro dominou as ações. Não deixava o adversário chegar ao ataque, e mantinha a posse. Mas não conseguia levar perigo, principalmente porque faltava um homem de frente. Gérson Magrão era um meia pela esquerda e Wéldon abria pelo lado direito. O Cruzeiro chegava pelos lados mas a bola passava pela área. Aí, Adilson optou por colocar o grandalhão Rômulo, na vaga de Wéldon. Mais uma vez, foi criticado pela torcida, que queria o velocista Jajá.
Rômulo teve pouco tempo. Pouco produziu. Acabou perdendo uma ótima chance, chutando por cima. Logo depois, lançamento de Fabricio e a bola sobrou para Ramires, o pior jogador em campo, que deu apenas um toque, na saída de Edson e definiu, nos acréscimos, o placar final. Vitória do Cruzeiro por 2 a 1. A terceira, em quatro jogos contra o rival em 2008. Um belo presente de centenário.
No Atlético-MG, mais uma vez, a sombra da zona do rebaixamento incomoda. Alexandre Gallo vem fazendo um bom trabalho, mas o elenco é fraco. Os volantes são fracos, não há lateral esquerdo e Mariano é peça nula pela direita. Além disso, os atacantes não empolgam e o time não tem velocidade com Petkovic no meio. Vai ter muito trabalho para lutar pela permanência na Série A do ano que vem.
Já o Cruzeiro, volta à segunda posição. Apesar da hostilidade da torcida, Adilson segue tranquilo, fazendo seu trabalho, que é ótimo. Todos os treinadores estão sujeitos a errar. Por isso, é importante não apenas olhar as peças que estão sendo trocadas ou colocadas, mas sim a intenção. E nisso, Batista tem sido perfeito e importante para colocar a Raposa na briga pelo título. Os resultados provam que ele está certo e a torcida, errada.
O Cruzeiro começou com ritmo alucinante. Sufocou o rival, que não conseguia passar do meio-campo. Foram 5 escanteios nos primeiros minutos de jogo. E o Atlético não conseguia trocar mais do que 3 passes seguidos.
Porém, não era possível manter este ritmo durante 90 minutos. O Cruzeiro afrouxou a marcação na saída de bola e o Galo conseguiu ganhar terreno. Mas não conseguia chegar. Os dois laterais eram improdutivos ofensivamente e as principais armas, Danilinho e Petkovic, estavam muito bem marcados por Marquinhos Paraná e Fabricio.
No Cruzeiro, a principal arma era Jadílson. O lateral deixou sem rumo o lateral direito atleticano Mariano. Com a ajuda de Wágner, fazia o Cruzeiro chegar constantemente à área atleticana. Mas faltava um bom finalizador. Aos poucos, também, ficou mais difícil chegar por ali. O Cruzeiro era previsível. Não tinha lateral direito, já que Marquinhos Paraná fora deslocado para o setor esquerdo da defesa, já que Danilinho jogada por ali.
Quando parecia que o gol do Cruzeiro era questão de tempo o Atlético chegou. Falha de Charles e Espinoza (apenas uma das inúmeras do zagueiro), Danilinho aproveitou e abriu o placar. Festa atleticana, que durou pouco. Apenas 3 minutos depois o Cruzeiro empatou com Thiago Martinelli, o melhor em campo. E poderia ter virado, não fosse o chute fraco de Fabinho, que Édson defendeu fácil. Foi a gota d´água para a torcida, que pediu Jajá.
As duas equipes voltaram iguais para o segundo tempo. Mas o jogo voltou diferente. Moroso. Chato. Sem emoção. Alexandre Gallo resolveu tentar o gol. Sacou um lateral, um meia e um atacante e colocou três homens de frente. Almir seria um armador que chegava ao ataque, Castillo o centro-avante e Marques o ponta, pela esquerda. E assim, o time do Atlético-MG tentava explorar o lado direito do Cruzeiro, que não tinha ninguém. Adilson também mexeu. Sacou Fabinho e colocou Gérson Magrão, que entrou muito mal na partida. Sobrou vontade e passes errados. Depois, tirou o ótimo Jadílson para colocar o lateral direito Jonathan. Gritos de "burro" foi o que mais amistoso ouviu da torcida.
Torcida que não conseguiu enxergar o jogo. O lado esquerdo do Cruzeiro estava muito bem marcado. Jadilson estava cansado. E o Atlético tinha muito espaço pelo lado direito celeste, com Marques e Renan. Com Jonathan no time, o Cruzeiro dominou as ações. Não deixava o adversário chegar ao ataque, e mantinha a posse. Mas não conseguia levar perigo, principalmente porque faltava um homem de frente. Gérson Magrão era um meia pela esquerda e Wéldon abria pelo lado direito. O Cruzeiro chegava pelos lados mas a bola passava pela área. Aí, Adilson optou por colocar o grandalhão Rômulo, na vaga de Wéldon. Mais uma vez, foi criticado pela torcida, que queria o velocista Jajá.
Rômulo teve pouco tempo. Pouco produziu. Acabou perdendo uma ótima chance, chutando por cima. Logo depois, lançamento de Fabricio e a bola sobrou para Ramires, o pior jogador em campo, que deu apenas um toque, na saída de Edson e definiu, nos acréscimos, o placar final. Vitória do Cruzeiro por 2 a 1. A terceira, em quatro jogos contra o rival em 2008. Um belo presente de centenário.
No Atlético-MG, mais uma vez, a sombra da zona do rebaixamento incomoda. Alexandre Gallo vem fazendo um bom trabalho, mas o elenco é fraco. Os volantes são fracos, não há lateral esquerdo e Mariano é peça nula pela direita. Além disso, os atacantes não empolgam e o time não tem velocidade com Petkovic no meio. Vai ter muito trabalho para lutar pela permanência na Série A do ano que vem.
Já o Cruzeiro, volta à segunda posição. Apesar da hostilidade da torcida, Adilson segue tranquilo, fazendo seu trabalho, que é ótimo. Todos os treinadores estão sujeitos a errar. Por isso, é importante não apenas olhar as peças que estão sendo trocadas ou colocadas, mas sim a intenção. E nisso, Batista tem sido perfeito e importante para colocar a Raposa na briga pelo título. Os resultados provam que ele está certo e a torcida, errada.
2 comentários:
Clap, clap, clap.
OTIMO TEXTO.
Preciso seu raciocinio.
Muito bom, parabens, concordo em genero, numero e grau.
Valeu a visita aqui.
Saudações Celestes
SITE/BLOG.....CRUZEIRO: O MAIOR DE MINAS
Sou Cruzeirense - Site - Tudo sobre o clube que manda em Minas
Sou Cruzeirense - BLog - Tudo sobre o clube que manda em Minas
ENTREM E SINTAM-SE A VONTADE
Parece que Adilson Batista ficou mesmo com fama de professor. Quando ele faz alguma substituição, por mais correta que seja, como você falou corretamente, a torcida já xinga por achar que ele vai inventar. É um técnico em quem as pessoas ainda não confiam muito (talvez pela inexperiencia), assim como um jogador reserva que pedimos para não entrar. Mas a torcida precisa dar uma colher de chá tb.
Muito bom o texto. Ateh!
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