Apesar do atraso, por causa da semana corrida, não pude deixar de tratar sobre o tema. Na quinta-feira, a bagunça voltou a imperar em dois grandes clubes do futebol brasileiro.

No Vasco, um grupo de torcedores invadiu o campo de treinamento, para "discutir" com os jogadores. Queriam reclamar da situação do time e cobrar melhores resultados. Assim como aconteceu, recentemente, com a torcida do Flamengo, foram recebidos pelo técnico, pelo dirigente, e por alguns jogadores. Depois do susto, palavras de respeito. E Dinamite, chegou a falar em "fim de ditadura e tempo de diálogo".

Já no Atlético-MG, não bastasse o conturbado momento dentro de campo, a situação fora dele é muito pior. Até hoje, o time não tem presidente e muito menos previsão de eleição. Enquanto ainda está à deriva, uma reunião do Conselho Deliberativo, marcada para quinta-feira, tinha como objetivo aprovar um novo estatuto para o clube. Foi cancelada, na justiça, com a alegação que estatuto tem que ser aprovado não apenas por conselheiros, mas por todos os sócios. De toda forma, o Conselho resolveu se reunir, apenas para conversar. A "conversa" teve a presença de cinco diretores de torcidas organizadas. Um deles (que me recuso a citar nome, mas que é conhecido por aqui), da mesma torcida que há pouco invadiu a sala da presidência do clube e quebrou uma mesa, acabou discutindo, e saindo no tapa com um Conselheiro.

O que mais me incomoda, é tratar assuntos policiais com tanto desdém. Dinamite e Renato Gaúcho podem sim conversar com os torcedores. Mas não podem passar a mão na cabeça de marmanjo que invade o local de trabalho no clube. Os torcedores do Atlético-MG, podem sim ficar sabendo o que se passa na política do clube. Mas reunião de Conselho, é para conselheiros. Não é lugar para torcida organizada. Principalmente tratando-se de alguns (sempre os mesmos) que não cansam de causar problemas.

É preciso uma mentalidade profissional. Inteligência, para não transformar toda esta história em uma grande bagunça.