Depois de muita novela, idas e vindas, disse-me-disse, Guilherme acabou vendido para o futebol espanhol. O Real Zaragoza, atualmente quinto colocado da Segunda Divisão do país, será o destino do jovem atacante, que deixa o Cruzeiro depois de duas temporadas no time profissional. A negociação ainda não teve os valores divulgados, mas especula-se que gira em torno de 10 milhões de euros. Na Espanha, Guilherme terá a responsabilidade de substituir Ricardo Oliveira, que será negociado nos próximos dias.

Ficou bom para o Cruzeiro. O time queria o dinheiro, para colocar as finanças em dia até o fim do ano. Com o negócio para a vinda de Kléber, a diretoria garantia que o clube precisaria vender outro jogador até o fim do ano. Agora, garante que tem condições de segurar os principais atletas. Resta aguardar.

Ruim para o Dínamo e para Kléber. Pelo jeito, os dois terão que selar um casamento, mesmo sem querer. E ao meu ver, ruim também para Guilherme. Apesar do frio e das dificuldades para se adaptar à Rússia, o Dínamo era um caminho melhor para o atacante. Mesmo que o Campeonato Russo não tenha visibilidade, o Dínamo é um dos clubes médios da Europa e frequentemente disputa a Champions League. Já o Zaragoza, não se sabe nem se conseguirá o acesso à Série A para o ano que vem.

Mais uma boa negociação envolvendo a dupla Cruzeiro e Zezé Perrella.

Em tempo: me chamou muito a atenção ontem uma declaração do volante Ramires, do Cruzeiro. Ele disse que o fato de Dunga não convocar os jogadores que atuam no Brasil, só aumenta o desejo dos jogadores de se transferirem para a Europa. De fato, nos últimos anos (não é mérito da gestão Dunga), quem joga por aqui acaba de maneira impressionante, esquecido. É preciso fazer muito mais no Brasil do que nos grandes clubes da Europa para merecer a amarelinha. Uma pena...