Pobre Cruzeiro

O último que sair, apague a luz. Esta é a impressão que o Cruzeiro passa neste momento. Na segunda-feira, foi o diretor de futebol Eduardo Maluf. Antes do jogo de ontem, o artilheiro Kléber, de malas prontas para voltar ao Palmeiras. Após o jogo foi a vez de Adilson Batista. Todas péssimas notícias para o torcedor celeste.

Antes de falar sobre as saídas, porém, vamos falar do jogo. Cruzeiro e Santos fizeram um ótimo jogo para quem gosta de verdade de futebol. Afinal, futebol não é apenas balançar as redes. Um jogo tático, pegado, cheio de variações. Com duas equipes bem montadas, apesar do momento difícil.

No fim, o 0 a 0 acabou sendo um resultado justo, apesar da mínima superioridade cruzeirense, principalmente depois que passou a ter um homem a mais em campo.

Pela primeira vez em 2010, o Santos passou uma partida sem marcar gols. Justamente contra uma das defesas mais criticadas do país. Partida brilhante de Thiago Heleno. O jogo deu a noção exata de que os zagueiros do Cruzeiro não são ruins como parecem ser. Mas são muito expostos e acabam falhando mais do que o normal.

Falemos agora das saídas.

Eduardo Maluf vai fazer falta. É um baita dirigente. Tanto é que já recebeu seis propostas desde que deixou o Cruzeiro. Palmeiras, Fluminense, Atlético-MG e até o Clube dos 13 tem interesse em contar com ele. Sua saída foi estranha mas pode ser benéfica para o time, que precisa de novos ares.

A mesma coisa serve para Kléber. Tecnicamente, é (ou era) o melhor jogador do elenco do Cruzeiro. É o homem capaz de decidir, que fez falta ontem, por exemplo, contra o Santos. Mas este ano não rendeu perto do que rendeu no ano passado. Estava com a cabeça fora do clube e isto não faz bem para nenhum dos lados. No Palmeiras, o atacante deve reencontrar o bom futebol. E o Cruzeiro precisa buscar um jogador do mesmo nível que esteja com vontade de fazer o melhor por aqui.

Quanto à Adilson Batista, certamente a pior das três notícias. Os números não mentem: 179 jogos e 90 vitórias. 63% de aproveitamento. Com Adilson, o Cruzeiro foi finalista da Libertadores pela quarta vez na sua história. Com ele, fez um Campeonato Brasileiro bom, brigando pelo título. E outro com uma arrancada fantástica. Com ele, jogadores contestados pela torcida, viveram os melhores momentos de sua carreira, casos de Jonathan e Fábio.

Porém, havia quem não achasse bom o trabalho de Adilson. Pedir para estes explicitarem os motivos, certamente é pedir demais. O problema de Adilson sempre foi pessoal. O arrogante ex-técnico do Cruzeiro teve coragem para encarar uma imprensa mineira acostumada a ter acesso total ao clube e a agir da maneira que bem quisesse. A briga que Adilson comprou, foi maior do que ele poderia suportar. E ontem, ele desistiu.

Treinadores de alto nível no mercado, só com muito dinheiro. Felipão e Abel podem voltar ao Brasil. Mas o time que quiser tê-los terá que gastar muito. Não combina nada com o momento atual do Cruzeiro.

O momento é de transição e a Copa fará o Cruzeiro mudar demais. Hoje, é impossível prevêr pelo que o time brigará na reta final do Brasileirão.

4 comentários:

André Augusto disse...

O efeito dominó pode custar caro ao Cruzeiro, no curto prazo.

Net Esportes disse...

A curto prazo talvez sim como o André falou, mas a longo prazo evitando riscos de rebaixamento e possível vaga na Libertadores por exemplo, acho que se recupera ......

Leandro disse...

Realmente as coisas estão se complicando pro Cruzeiro. E tem um bom time, inclusive pra disputar o título e não apenas vaga na Libertadores.
Kléber é muito bom jogador, mas quando quer jogar. Se a cabeça dele estivesse apenas ruim já seria muito importante e ajudaria demais o Cruzeiro, mas sem cabeça aí a melhor opção é mesmo deixar o clube e procurar novos ares.
E Adílson Batista fez um ótimo trabalho com o Cruzeiro. Ele conseguiu se firmar como um dos grandes técnicos do Brasil.

Gremista Fanático disse...

Essas noticias são ruins para o Cruzeiro, acho que chegou ao fim um ciclo no clube, a saida do Adilson foi uma surpresa pra mim, abraço.


Saudações do Gremista Fanático

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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