Crônica de uma demissão anunciada

Ninguém dava pinta de confiar mais no tal "projeto" de Luxemburgo. Torcida, jogadores e até mesmo o treinador mostravam dia após dia que a situação do Atlético-MG era irreversível. Só Alexandre Kalil parecia crer numa virada. Talvez porque esta era a única opção do presidente atleticano.

Era. E deixou de ser quando Dorival Júnior foi demitido do Santos. Um ótimo treinador disponível no mercado certamente era o que faltava para o presidente do Atlético pensar, de fato, em substituir Luxemburgo. Aliás, não havia outra saída, depois da goleada de ontem.

O Fluminense entrou em campo precisando vencer para se recuperar. Por isso, colocou em campo Deco e Conca, mesmo longe da forma física ideal. Rodriguinho voltou a aparecer bem no ataque, aparecendo nas principais jogadas ofensivas. E os laterais mais uma vez se destacaram (Mariano inclusive, fazendo a primeira partida pós convocação).

No Galo, Luxemburgo optou por um esquema mais seguro, com três volantes. A opção era boa, mas deixou Daniel Carvalho muito isolado na armação. Faltava à Serginho e aos laterais chegarem mais ao ataque.

O primeiro tempo foi equilibrado. A vitória parcial do Fluminense graças à (mais) uma falha de Fábio Costa não era o resultado mais justo. E o jogo equilibrado, mudou graças a dois fatores no segundo tempo.

Primeiro as mexidas de Luxemburgo. Tirou Obina, que fazia boa partida, para colocar (outra vez no ataque) um inoperante Diego Souza. Depois tentou corrigir, colocando Neto Berola na vaga de Serginho. O time ficou mais exposto. E se escancarou após a expulsão, justa, de Alê.

Daí em diante o Fluminense fez a festa. Marcou mais três gols. Poderia ter feito mais. Viu Diego Souza ser expulso por entrada criminosa. E recuperou a confiança para se recolocar na disputa do título.

Já o Atlético-MG não encontrou outra alternativa. Luxemburgo foi demitido no vestiário. E deixa muito pouco para quem assumir o clube. Um time sem esquema tático, mal fisicamente e com a moral absolutamente abalada. Dorival e Levir Culpi são bons nomes. Mas o Galo vai precisar de mais do que um ótimo treinador para conquistar as oito vitórias em 14 jogos que podem salvar o time do rebaixamento.

Quanto à Luxemburgo, acumula mais um fracasso em sua vitoriosa carreira. No entanto, não dá mais para viver de passado. É preciso repensar, se reciclar e perceber que o futebol mudou demais de 2004 para cá. E Luxa, parece ter ficado parado no tempo, sentado sob suas glórias do passado.

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Quadro Negro

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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