Respira e afoga

Goiás e Atlético-MG fizeram o verdadeiro duelo dos desesperados ontem em Goiânia. Um era lanterna, acabara de trocar de técnico e teve o presidente afastado pelo Conselho Deliberativo horas antes do jogo (sem falar nos salários atrasados). O outro, era o time que mais havia perdido no Brasileirão, com um elenco milionário e um técnico caro que não se explicava.

Por isso, não dava para esperar nada além de emoção no jogo do Serra Dourada. Que começou com o Goiás achando muitos espaços e abrindo o placar logo aos 5 minutos com Bernardo, cobrando penalti que ele mesmo sofreu.

O gol foi um baque para os mineiros. Que tomavam um sufoco incrível. O Goiás chegava com facilidade à meta de Fábio Costa. Teve pelo menos três boas chances e podia ter matado o adversário. Numa delas, o chute de Otacílio Neto bateu no travessão, nas costas de Fábio Costa e não entrou.

Sinal que a sorte havia virado? Talvez. Pouco depois Obina sofreu penalti, bateu e empatou o jogo. Ali, o Atlético-MG ainda não havia feito absolutamente nada no jogo, mas jogou toda a pressão de volta para os donos da casa.

No segundo tempo, os mineiros eram melhores mas não conseguiam criar muita coisa. Bastou colocar qualidade (apostando em Ricardinho e Diego Souza que começaram no banco) para matar o jogo. Primeiro com lançamento perfeito de Ricardinho e gol de Diego Souza. Logo depois com ótimo passe de Ricardinho e penalti em Obina (que bateu e fez mais um).

O resultado é ótimo para aliviar a pressão para o Atlético-MG. Mas ainda não tira o time da zona de rebaixamento e não dá indicações de evolução. Ao meu ver, tirar do time os melhores jogadores não é o caminho para uma equipe que precisa jogar mais. De toda forma, a primeira vitória fora de casa vem em hora importante.

Quanto ao Goiás: o buraco parece bem maior do que era possível. O time não se encaixa, a pressão é enorme e diferente do Atlético, os problemas não estão apenas dentro de campo. Jorginho terá um desafio enorme pela frente.

Nenhum comentário:

Quadro Negro

Quadro Negro
O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

Marcação no Facebook

Marcadores Online

Marcação Arquivada

Desde Ago/2007

Marcação no Twitter