Sem direito a retorno. Outra promessa perdida?

O Internacional anunciou hoje a venda da ótima promessa Giuliano para o pouco conhecido Dnipro, da Ucrânia. A ótima soma de 10 milhões de euros seduziu dirigentes colorados e jogador. De fato, os valores são ótimos. Mas apenas neste aspecto, a negociação vale a pena.

Giuliano chegou ao Inter no fim de 2008. Aos 20 anos, começava a conquistar um lugar definitivo entre os titulares. Foi fundamental e decisivo na campanha vitoriosa na Libertadores do ano passado. Tinha tudo para deslanchar de vez em 2011.

Mas preferiu seguir o caminho de outras promessas do futebol nacional, que interessadas nos euros ucranianos caíram no ostracismo.

O caminho que levou Brandão (do São Caetano) em 2002 para o Shaktar foi repetido por outros 68 jogadores entre 2003 e o fim de 2010, segundo o site da CBF. Entre tantos jogadores, raríssimos são os casos de sucesso no futebol do país. Tanto é que nos últimos 5 anos, nada menos do que 36 tomaram o caminho de volta.

Dínamo de Kiev e Shaktar Donetsk são os destinos mais conhecidos das promessas brasileiras. Guilherme, Fernandinho, Jádson, Willian, Ilsinho, Luiz Adriano, Douglas Costa, André, Elano, Marcelo Moreno, Corrêa. São alguns dos jogadores que saíram do Brasil para se aventurar em um dos dois clubes. Quem não voltou ao Brasil (normalmente emprestado) foi para clubes menores da Europa ou está por lá até hoje. Por mais que joguem bem e sejam ídolos (como Jádson e Willian), dificilmente são lembrados por grandes clubes europeus ou para a seleção brasileira.

Giuliano escolheu ainda um clube médio, como o Dnipro. Caminho parecido com o escolhido por Cleiton Xavier e Taison em 2010, quando foram jogar no modesto Metalist. Ambos vinham muito bem (o primeiro havia sido convocado para a seleção pouco antes da venda e o segundo foi um dos melhores jogadores do país no primeiro semestre). Hoje, mal se ouve falar em algum deles.

Perde Giuliano, craque de futuro e candidatíssimo a um lugar na Seleção. Perde o Inter, que trocará o certo pelo duvidoso se apostar no pouco interessado Zé Roberto, do Vasco.

E também o futebol brasileiro, que pode perder mais uma promessa congelada no frio futebol ucraniano.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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