Detalhes iniciais e decisivos

Todos os números indicam um massacre. O Real Madrid que goleou o Tottenham por 4 a 0, teve mais de 60% da posse de bola e finalizou incríveis 35 bolas no gol de Gomes, que fez pelo menos 5 boas defesas. Foram ainda 9 escanteios e outras 10 tentativas de finalização que foram bloqueadas antes de chegar ao alvo.

Diversos foram os fatores que contribuíram para a vitória teoricamente fácil e que deixou muito bem encaminhada a classificação merengue às semifinais da Champions League. A maioria deles, ainda nos minutos iniciais.

Sem Lennon, vetado minutos antes do jogo, o Tottenham inverteu o lado de seu principal jogador (e jogada). Bale passou ao lado direito e desorganizou o setor mais forte do time inglês. Para piorar, o Real conseguiu o que queria: um gol no início. Aos 4 minutos, Adebayor aproveitou cochilo da defesa para marcar de cabeça. Gol que trouxe tranquilidade, tirou a pressão da equipe de Mourinho e fez a torcida passar a jogar junto. Para piorar, Crouch, absolutamente perdido, foi expulso por fazer duas faltas bobas no meio-campo aos 15 minutos.

Com a vantagem numérica e no marcador, o Real Madrid assumiu as rédeas e o controle do jogo. Tinha a posse da bola e conseguia criar boas chances, quase sempre com as incursões de Cristiano Ronaldo, saindo da esquerda para o centro. Faltava acerto no último passe e capricho nas finalizações. Com Bale voltando ao lado esquerdo inglês, Marcelo encontrou muito espaço para atacar no corredor aberto por Cristiano Ronaldo e novamente foi figura importante do Real.

Os gols merengues demoraram a sair e o Tottenham chegou a mostrar porque é um dos melhores times do Campeonato Inglês e faz boa campanha na Champions. Com Bale e Van der Vaart, quase surpreendeu os espanhóis em duas oportunidades ainda no primeiro tempo.

Só na etapa final o Real conseguiu definir de vez o jogo. Com Khedira com bastante liberdade (com o time chegando a se configurar num 4-1-4-1 com linhas avançadas e extremamente ofensivo em alguns momentos) os meias conseguiram trocar mais passes e participar muito do jogo. Adebayor novamente (décimo gol dele em 15 jogos contra os Spurs, uma sina), Di María e Cristiano Ronaldo configuraram o placar que torna praticamente irreversível a situação no duelo.

O Real Madrid tem um baita time. É moderno e eficiente. Tem força, velocidade e plástica. Sabe atacar e se defender. Não fosse o Barcelona (ainda mais lúdico e impressionante), tinha tudo para conquistar tudo até com certa facilidade. Bom para quem gosta de futebol, que não só tem a oportunidade de ver dois grandes times como devem vê-los se enfrentar 4 vezes em jogos decisivos nas próximas semanas. Privilégio.

PS: Não vi o outro jogo. A goleada do Schalke sobre a Inter foi surpreendente e impressionante. A goleada para o Milan no fim-de-semana deixou marcas óbvias no time de Leonardo, que precisará mostrar serviço para se manter no cargo. Outro confronto praticamente definido, embora a Inter tenha time e condições para buscar um resultado que parece impossível.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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