Erros repetidos e situação delicada

Os mata-mata da Libertadores são cruéis. Um jogo ruim e qualquer campanha, por melhor que seja, pode ir por água abaixo. Quando os erros são muitos (e se repetem), o resultado pode ser ainda mais fatal. Foi o que aconteceu com o Grêmio, derrotado dentro de casa pela Universidad Católica e que ficou em situação delicada na competição.

Com alguns desfalques importantes, Renato Gaúcho foi obrigado a mexer no time. Voltou a mudar as peças, voltou a manter o esquema. O 4-3-1-2 que marcou a arrancada do time no último Brasileirão ainda não funcionou bem em 2011 com as ausências de Fábio Santos e Jonas (e depois de André Lima).

Diante de 35 mil torcedores, o início do Grêmio foi bom. Pressionou os chilenos e chegou a acertar a trave com Douglas. Mas aos poucos, a Católica acertou a marcação (com o lateral Eluchans ficando mais preso à defesa e um zagueiro sempre na sobra) e diminuiu o ímpeto gaúcho até chegar ao gol com o ótimo Lucas Pratto em vacilo de Gílson. O tricolor que já se mostrava nervoso em campo entrando na pilha do adversário e reclamando demais da arbitragem (que deixava o jogo correr) ficou ainda mais tenso. Até a expulsão tola e inaceitável de Borges, que deu uma cotovelada no adversário fora do lance.

No segundo tempo, com um a menos e obrigado a atacar, Renato Gaúcho foi obrigado a mexer no time. Estranhamente, apostou em Lins para ajudar o jovem Leandro no ataque, mantendo no banco os mais experientes Carlos Alberto e Escudero (que só viriam entrar no jogo nos minutos finais).

Com os chilenos visivelmente recuados e buscando o contra-ataque, o Grêmio tinha a bola mas ameaçava pouco. Até Douglas acertar lindo chute de fora da área e empatar o jogo. O jogo mantinha seu panorama quando Lucas Pratto (de novo) marcou de cabeça o segundo gol da Católica. Após o gol, o Grêmio se perdeu de vez e tentou uma pressão desorganizada que não surtiu efeito algum.

Os gaúchos vivem o pior momento no ano, no trecho mais importante da temporada até aqui. Fase decisiva no Gaúcho e na Libertadores. Renato perde peças importantes e não parece confiar em alguns jogadores que poderiam ser úteis. Sofre com a falta de alternativas e criatividade para buscar algo diferente taticamente.

A Universidad Católica não tem um grande time, mas tem bons nomes e é muito bem treinada. Deixou encaminhada a classificação assim como o bom time do Vélez, que fez 3 a 0 na LDU na primeira partida. Os equatorianos continuam os mesmos de sempre: toscos fora de casa, ótimos na altitude de Quito. Por coincidência (ou não), falei dos dois times em post recente no blog (inclusive destacando Lucas Pratto, autor dos dois gols de ontem) que visava abrir os olhos dos brasileiros para os bons adversários estrangeiros da Libertadores. É bom deixar a arrogância de lado e abrir de vez os olhos...

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2 comentários:

Anônimo disse...

"Deixar o jogo correr" é uma coisa; deixar o pau comer é bem outra. O Lins e o Rochemback só não tiveram a perna quebrada por detalhe no 2° tempo, e o apitador (para não ser injusto com os juízes) não fez nada a respeito. Sem falar no empurrão que Lucas Pratto deu num lance sem bola e do quase gol que fez quando "devolveu" a bola depois de um atendimento médico. Desse jeito eu também me imponho no jogo, dando porrada com a conivência do apitador e jogando com um a mais. E aí vem o blogueiro falar em arrogância?

Vinicius Grissi disse...

Os dois times jogaram forte e ao meu ver o árbitro teve critério.

Quanto à arrogância, me refiro aos brasileiros em geral, não ao Grêmio ou ao jogo em questão.

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O 4-2-3-1 do Fluminense. Pouca mobilidade do setor ofensivo é compensada com "tesão".

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